Em
sua primeira eleição como partido político legalizado, a Rede Sustentabilidade,
com candidaturas a prefeitos e vereadores em um sexto dos municípios
brasileiros, elegeu cinco prefeitos: Prado, em Lençóis Paulista (SP); Dr.
Adriano, em Cabo Frio (RJ); Sandro de Juca, em Brejões (BA); Ricardinho, em
Livramento de Nossa Senhora (BA); e Fábio Lago Sul, em Seabra (BA). Em outros
três municípios a Rede disputará o segundo turno – Clécio, em Macapá (AP);
Audifax, em Serra (ES) e Aliel Machado, em Ponta Grossa (PR) . Candidatos a
vice-prefeitos da Rede estarão no segundo turno, como é o caso de Paulo Lamac,
em Belo Horizonte (MG) e Gisele Uequed, em Canoas (RS).
A
Rede participou de eleições em 820 municípios. Ao todo, foram 154 candidatos a
prefeito, 181 a vice e 3.449 a vereador, com 180 vereadores eleitos. entre eles
candidaturas cujo peso simbólico é representativo, como o caso do Coordenador
Gregório, liderança indígena, que foi o vereador mais votado em Uiramutã (RR),
cidade situada na Reserva Indígena Raposa Serra do Sol.
A
Rede Sustentabilidade, com seu pouco tempo de existência como partido,
enfrentou enormes dificuldades diante das exigências para as filiações ,
organização das Comissões Municipais e outras normas legais, que se estenderam
até as vésperas da eleição. Somam-se a essas dificuldades o reduzido Fundo
Partidário e, principalmente, o pouco tempo de TV que nestas eleições assumiram
desproporcional importância. Apesar disso, o partido não compactuou com
coligações de conveniência, realizadas apenas por questões eleitorais e, no
debate, deu prioridade aos valores da REDE, de campanhas limpas e que rejeitam
a agressão aos adversários e na construção de candidaturas e alianças
programáticas, com base em um programa de governo pactuado com a comunidade
envolvida.
O
resultado das urnas, embora não seja numericamente expressivo, faz com que seja
reconhecida a importância de uma alternativa sustentável em um momento em que a
intensa polarização e a retórica do voto útil dominaram a disputa pelas
prefeituras nas grandes cidades brasileiras – tendo como casos expoentes São
Paulo e Rio de Janeiro.
Esta
realidade, sentida especialmente nas grandes cidades, confirma o que a REDE,
por meio de seus documentos e lideranças, tem dito continuamente: enquanto o
país estiver refém da polarização política – seja ela de supostas esquerdas e
direitas ou de tucanos e petistas – será incapaz de dar um passo adiante para
uma profunda reforma política, que recupere o real sentido da representação e a
primazia dos cidadãos nas decisões públicas. Hoje, o discurso polarizado e
narrativas pretensamente ideológicas mascaram a luta incessante pelo poder
político por parte de grupos que visam, acima de tudo, seus próprios
interesses.
O
resultado dessas eleições traz inúmeros significados, lições e material para
reflexão que a Rede pretende amadurecer internamente, como forma de corrigir
seus erros, entender suas conquistas e criar novas maneiras de ir adiante com
seus propósitos.
(ASSESSORIA)
Por: Copyright© 2016 @Kbym
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