CIENTISTA BRASILEIRA CRIA CANETA QUE DETECTA CÂNCER DURANTE
CIRURGIAS
A
pesquisadora Lívia Eberlin, que desenvolve seu trabalho na Universidade do
Texas, conseguiu produzir um dispositivo que identifica tecidos afetados pela
doença.
A cientista
brasileira Lívia Eberlin, que é chefe de um laboratório de pesquisa da
Universidade do Texas, nos Estados Unidos, desenvolveu uma caneta capaz de
detectar câncer em apenas 10 segundos. Ela é responsável por liderar uma equipe
de pesquisadores que colocou em prática o projeto: de acordo com os
especialistas, o dispositivo identifica tecidos afetados pela doença durante
uma cirurgia.
Em um
procedimento comum para a retirada de um tumor, nem sempre é possível enxergar
a olho nu o limite entre o que é lesão causada pelo câncer e aquilo que é o
tecido saudável do organismo. Um patologista fica encarregado de informar o
cirurgião se todo o tumor está sendo retirado — em um processo que demora de 30
a 40 minutos.
Com o
auxílio da caneta, chamada de MasSpec Pen, esse procedimento torna-se muito
mais rápido e efetivo. À GALILEU, Eberlin conta que o dispositivo
ajuda a preservar o máximo do tecido saudável, evitando também que sobre algum
resquício do tumor.
“Se você otimiza a remoção total do tumor na
primeira cirurgia você está reduzindo as chances dos pacientes terem que voltar
para uma segunda cirurgia, que é algo ainda muito comum”, afirma a
pesquisadora, formada em Química pela Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp).
COMO FUNCIONA:
Eberlin
explica que, para detectar a doença, a caneta possui um reservatório de água em
sua ponta e é acionada por meio de um pedal. “A água [da caneta] interage com o tecido humano e extrai
moléculas como metabólitos, lipídios e algumas proteínas”, descreve
Eberlin.
As moléculas
então são transportadas para um equipamento chamado de espectrômetro de massa,
que analisa em tempo real a amostra. Com base no perfil das moléculas, são
desenvolvidos modelos estatísticos com o auxílio de inteligência artificial.
Dessa forma, a máquina "responde"
se as células são tumorais. Para desenvolver o modelo até que ele
"aprenda" a identificar o tumor, foram recolhidas centenas de
amostras de tecidos com câncer. FONTE & MAIS:
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