quinta-feira, 12 de março de 2015

AVANÇOS TECNOLÓGICOS: II

A INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA NAS RELAÇÕES FAMILIARES
Patrícia Vasconcellos Pires Ferreira


Nos famosos chats da Internet, crianças, jovens, adultos e idosos também “vivem” o auge da simulação: no mundo virtual, ou das possibilidades, podemos criar personagens, inventar roteiros para a história de nossa vida virtual. As informações fornecidas não precisam ser fidedignas à nossa vida real, já que não podem ser checadas. 

Os videogames reforçam a nossa onipotência, devolvendo-nos o mito de Narciso perdido na nossa tenra infância. 

Dessa forma, vamos como que driblando a nossa castração e os nossos limites e desenvolvendo um individualismo cínico onde o outro, enquanto ser humano, vai perdendo, cada vez mais, o rosto, diluindo-se em telas, estatísticas ou números. Até a televisão estimula a nossa passividade frente à sociedade: somos apenas espectadores, não nos implicamos como agentes transformadores. 

Com tantos recursos tecnológicos desenvolvidos para facilitar a comunicação entre as pessoas, como o telefone celular, os computadores em rede, o fax, a televisão, o videocassete, será a tecnologia a nossa máscara do isolamento? 
Gilberto Dimenstein, em sua coluna na Folha de São Paulo (em 28 de maio de 2000), pontua a mudança de comportamento dos jovens americanos que estão com falta de disposição para o ritual do convívio social: 

“Conversa-se bem à distância e administra-se mal a proximidade, uma óbvia e-diotice. Os seres humanos perdem, e as máquinas ganham interatividade. Difícil encontrar pessoa, especialmente entre os mais jovens, hábil em contar boas histórias, fazer relatos interessantes sobre suas experiências, na admirável tecnologia do bate-papo.

Nada é mais interativo (nenhum software chega perto) do que uma boa conversa, movida a sorriso e olhares reais.” 

Por: Copyright© 2014 @Kbym

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