PENSANDO TARAUACÁ
Flávio Santos.
Fico muito decepcionado quando vejo as vidas daqueles insatisfeitos e lastimável acontecendo aqui na cidadezinha do abacaxi grande e da mulher bonita. Jovens nos param na esquina para pedir um real e tomar um "trago" de cachaça. Basta abrir a janela e ver a fumaça da droga subindo e se perdendo no ar. Todos os dias chegam jovens vendendo objetos roubados ou furtados na busca de conseguir alguns reais e poder consumir o mal necessário à sua vida. Onde eles estão??? Para onde eles vão??? Está difícil pensar e viver em Tarauacá. Ninguém respira outra coisa a não ser "política". Falo da política traiçoeira, mentirosa, e "bandida". Que Tarauacá temos? Que Tarauacá queremos? Que Tarauacá podemos ter já? E que Tarauacá forjamos para um futuro próximo, um verdadeiro " Tarauacá de todos"?.
Muitos tarauacaenses me procuram na ideia de poder ajudar a sua vida melhorar um pouco mais. Doca (Benjamim Constant) é um deles. Na expectativa de não mais presenciar cenas lamentáveis, me procurou, e pediu para fazer um documento ao ministério público, e de alguma forma mudar o cenário da quadra do bairro da Praia. Lá quase seu neto morreu de uma queda e também quase presenciou um assassinato. Lembram da jovem agredida? Lá mesmo nessa quadra passei boa parte de minha história quando meus professores nos faziam limpá-la para conseguir a nota de educação física. Era um tempo bom, pois depois íamos jogar no espaço que nós mesmo construímos.
Agora mesmo estou vendendo umas cartelas para trazer recursos e ajudar de alguma forma a terminar a igreja matriz de São José. Cadê nosso governo??? Por que o governo não investe no bem público??? Será mesmo necessário realizar almoços e bingos para construir um patrimônio que é publico???
Devemos sim, pensar na política e fazê-la valer a pena "democratizar". Não sei se o termo estar correto...Eleições devem ser momentos em que uma sociedade encontra a si mesma e se transforma. Eleições podem ser isso tudo, mas também mais, cada vez mais, podem ser um produto, com enormes verbas para a venda, que atraem marqueteiros unidos do mundo todo. Nesse momento elas se tornam produtos, e esse é, para a democracia, um ponto crucial. Política não é marketing. Não pode ser marketing, e se for isso, somos todos produtos e nada mais do que isso.
Muitas vezes paro e fico pensando no que fazer para melhorar este nosso mundo, me questiono. De que forma posso ajudar as pessoas??? São tantas!!!. È claro que de uma forma ou outra estamos sempre ajudando alguém, mesmo assim com certeza nos questionamos e gostaríamos de fazer mais. Como podemos começar? Podemos começar por nós mesmo!!!
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