segunda-feira, 3 de novembro de 2025

O QUE É DEPRESSÃO: ENTENDA

 DEPRESSÃO: O QUE É, QUAIS SÃO OS SINTOMAS DE DEPRESSÃO E OS TRATAMENTOS

Entre os diversos temas relacionados à saúde mental, a depressão é um dos mais conhecidos. No entanto, embora a maior parte das pessoas tenha certa noção do que é o transtorno depressivo, ainda é comum confundi-lo com a tristeza. “A tristeza é uma emoção passageira, que costuma desaparecer quando cuidamos do que a causa. Por outro lado, na depressão, os sintomas não desaparecem com o tempo”, explica a psicóloga Ana Carolina D’Agostini.

Sinais e sintomas de depressão:

Quem convive com a depressão costuma relatar perda de prazer em atividades antes agradáveis, muitas vezes acompanhada de cansaço ou fadiga.

Segundo Ana Carolina ”para caracterizar o quadro depressivo, os sintomas precisam apresentar intensidade, duração de mais de duas semanas, além de prejuízos significativos para a vida da pessoa.”

Outros sinais comuns incluem:

- Tristeza persistente;

- Perda de interesse em atividades prazerosas;

- Mudanças no apetite (perda ou ganho de peso);

- Alterações no sono;

- Sensação de fadiga e de falta de energia;

- Dificuldade de concentração;

- Agitação ou lentidão nos movimentos;

- Sentimento de culpa;

-  Desesperança;

- Sensação de inutilidade;

- Pensamento sobre morte.

Frequência da Depressão:

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão atinge mais de 300 milhões de pessoas no mundo, o que representa cerca de 4% da população global.

Na infância, o transtorno é menos comum, atingindo apenas 1% a 2% das crianças. Ainda assim, provoca sofrimento intenso e, sem tratamento, tende a se agravar ao longo do tempo.

Já na adolescência, o cenário muda. A prevalência aumenta para 4% a 8% dos jovens, sendo quase o dobro entre meninas.

Causas e fatores de risco: 

A depressão é uma condição multifatorial. Em outras palavras, ela resulta da interação entre aspectos genéticos, biológicos, psicológicos e ambientais. Em geral, os fatores de risco são cumulativos. Desta forma, quanto mais fatores estiverem presentes, maior será a probabilidade de desenvolvimento do transtorno.

Fatores genéticos: a predisposição pode ser herdada. Assim, pessoas com histórico familiar (pais, avós, irmãos) de depressão, apresentam risco aumentado. 

Fatores ambientais: incluem experiências e estímulos externos, como traumas, estresse crônico, racismo, bullying, uso ecessivo de redes sociais e consumo de drogas. Além disso, o contexto familiar, o estilo de educação e a rede de apoio — formada por família, amigos e escola — exercem forte influência. Vale destacar que, quanto menor a criança, maior tende a ser o impacto do ambiente.

Consequências da depressão:

A depressão pode, se instalar de forma gradual, muitas vezes ainda na juventude. Por isso, quanto mais cedo a pessoa buscar ajuda e iniciar o tratamento, maiores serão as chances de recuperação. Caso contrário, aumenta a probabilidade de o quadro se tornar crônico, alternando períodos de melhora e piora dos sintomas.

Quando não tratada, a depressão pode resultar em baixo desempenho escolar ou profissional, problemas de saúde física, dificuldades nas relações familiares e sociais, além de queda na autoestima.

Outro ponto importante é que, em muitos casos, outros transtornos — como o TDAH — surgem em conjunto com a depressão, o que dificulta o diagnóstico. Além disso, trata-se de um dos transtornos mentais mais associados ao risco de comportamento autolesivo  e suicídio.

Tratamento da depressão:

O tratamento da depressão é amplo, contínuo e individualizado. Seu objetivo é não só aliviar os sintomas e restaurar a funcionalidade, como também reduzir o risco de recaídas.

Normalmente ele inclui desde medidas básicas — como adoção de uma rotina saudável, realização de atividades prazerosas e fortalecimento da rede de suporte até intervenções específicas, como a psicoterapia. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos prescritos por um psiquiatra.

Psicoeducação: assim como em qualquer diagnóstico, é essencial orientar o paciente e sua família sobre a condição e o tratamento. Desse modo, é possível esclarecer dúvidas, reduzir inseguranças e, sobretudo, lidar melhor com as angústias que surgem ao longo do processo.

Mudança de hábitos: exercícios físicos, sono regular, dieta balanceada, organização de rotinas e prevenção ao uso de drogas são fatores protetivos que exercem papel importante no tratamento.

Psicoterapia e medicação: em quadros leves e moderados, a psicoterapia pode ser utilizada de forma isolada. Por outro lado, em alguns casos moderados e nos quadros graves, costuma-se associar psicoterapia e medicamentos. Estudos apontam maior eficácia em técnicas como Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e Terapia Interpessoal (TIP). Além disso, terapias familiares e de abordagem psicodinâmica também podem contribuir, especialmente quando integradas a um plano de tratamento contínuo e personalizado. Fonte:

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