DEPRESSÃO: O QUE É, QUAIS SÃO OS SINTOMAS DE DEPRESSÃO E OS TRATAMENTOS
Entre os
diversos temas relacionados à saúde mental, a depressão é um dos mais
conhecidos. No entanto, embora a maior parte das pessoas tenha certa noção do
que é o transtorno depressivo, ainda é comum confundi-lo com a tristeza. “A tristeza é uma emoção passageira, que
costuma desaparecer quando cuidamos do que a causa. Por outro lado, na
depressão, os sintomas não desaparecem com o tempo”, explica a psicóloga
Ana Carolina D’Agostini.
Sinais e sintomas de depressão:
Quem convive
com a depressão costuma relatar perda de prazer em atividades antes agradáveis,
muitas vezes acompanhada de cansaço ou fadiga.
Segundo Ana
Carolina ”para caracterizar o quadro depressivo, os sintomas precisam
apresentar intensidade, duração de mais de duas semanas, além de prejuízos
significativos para a vida da pessoa.”
Outros sinais comuns incluem:
- Tristeza persistente;
- Perda de
interesse em atividades prazerosas;
- Mudanças
no apetite (perda ou ganho de peso);
- Alterações
no sono;
- Sensação
de fadiga e de falta de energia;
- Dificuldade
de concentração;
- Agitação
ou lentidão nos movimentos;
- Sentimento
de culpa;
-  Desesperança;
- Sensação
de inutilidade;
- Pensamento
sobre morte.
Frequência da Depressão:
De acordo
com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão atinge mais de 300
milhões de pessoas no mundo, o que representa cerca de 4% da população global.
Na infância,
o transtorno é menos comum, atingindo apenas 1% a 2% das crianças. Ainda assim,
provoca sofrimento intenso e, sem tratamento, tende a se agravar ao longo do
tempo.
Já na
adolescência, o cenário muda. A prevalência aumenta para 4% a 8% dos jovens,
sendo quase o dobro entre meninas.
Causas e fatores de risco: 
A depressão
é uma condição multifatorial. Em outras palavras, ela resulta da interação
entre aspectos genéticos, biológicos, psicológicos e ambientais. Em geral, os
fatores de risco são cumulativos. Desta forma, quanto mais fatores estiverem
presentes, maior será a probabilidade de desenvolvimento do transtorno.
Fatores genéticos: a predisposição pode ser herdada. Assim, pessoas com histórico familiar (pais, avós, irmãos) de depressão, apresentam risco aumentado.
Fatores
ambientais: incluem experiências e estímulos externos, como traumas,
estresse crônico, racismo, bullying, uso ecessivo de redes sociais e consumo de
drogas. Além disso, o contexto familiar, o estilo de educação e a rede de apoio
— formada por família, amigos e escola — exercem forte influência. Vale
destacar que, quanto menor a criança, maior tende a ser o impacto do ambiente.
Consequências da depressão:
A depressão
pode, se instalar de forma gradual, muitas vezes ainda na juventude. Por isso,
quanto mais cedo a pessoa buscar ajuda e iniciar o tratamento, maiores serão as
chances de recuperação. Caso contrário, aumenta a probabilidade de o quadro se
tornar crônico, alternando períodos de melhora e piora dos sintomas.
Quando não
tratada, a depressão pode resultar em baixo desempenho escolar ou profissional,
problemas de saúde física, dificuldades nas relações familiares e sociais, além
de queda na autoestima.
Outro ponto
importante é que, em muitos casos, outros transtornos — como o TDAH —
surgem em conjunto com a depressão, o que dificulta o diagnóstico. Além disso,
trata-se de um dos transtornos mentais mais associados ao risco de
comportamento autolesivo  e suicídio.
Tratamento da depressão:
O tratamento
da depressão é amplo, contínuo e individualizado. Seu objetivo é não só aliviar
os sintomas e restaurar a funcionalidade, como também reduzir o risco de
recaídas.
Normalmente ele inclui desde medidas básicas — como
adoção de uma rotina saudável, realização de atividades prazerosas e
fortalecimento da rede de suporte até intervenções específicas, como a
psicoterapia. Em alguns casos, pode
ser necessário o uso de medicamentos prescritos por um psiquiatra.
Psicoeducação: assim como em qualquer diagnóstico, é essencial orientar o
paciente e sua família sobre a condição e o tratamento. Desse modo, é
possível esclarecer dúvidas, reduzir inseguranças e, sobretudo, lidar melhor
com as angústias que surgem ao longo do processo.
Mudança de hábitos: exercícios físicos, sono regular, dieta
balanceada, organização de rotinas e prevenção ao uso de drogas são fatores
protetivos que exercem papel importante no tratamento.
Psicoterapia e medicação: em quadros leves e moderados, a
psicoterapia pode ser utilizada de forma isolada. Por outro lado, em alguns
casos moderados e nos quadros graves, costuma-se associar psicoterapia e
medicamentos. Estudos apontam maior eficácia em técnicas como Terapia
Cognitivo-Comportamental (TCC) e Terapia Interpessoal (TIP). Além disso, terapias
familiares e de abordagem psicodinâmica também podem contribuir, especialmente
quando integradas a um plano de tratamento contínuo e personalizado. Fonte:
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