ISAAC MELO: A ORIGEM DO NOVENÁRIO DE SÃO FRANCISCO EM TARAUACÁ: DEVOÇÃO, GRATIDÃO E FÉ
| Em cima: uma das primeiras capelas construída no local. Embaixo: Igreja atual de São Francisco, no bairro de Copacabana. |
A casa já se
tornara pequena para acolher tantos devotos. Era necessário uma igreja. Observe
que o novenário havia se iniciado, de uma forma mais solene e oficial, no dia
28 de Setembro de 1928, por iniciativa de dona Liberalina Moura. Sendo que
cinco anos depois, em 28 de Setembro de 1933, por iniciativa de Raimundo
Eustáquio, era construída a Capela de São Francisco das Chagas. A capela
despontava no horizonte sob um bonito morro que passou a ser chamado arraial de
São Francisco. Anos mais tarde, 1940, com aprovação do Bispo Dom Henrique
Ritter, lança-se a pedra fundamental para a construção de uma nova igreja, já
que a capela atual tornara-se novamente pequena para atender o grande número de
devotos do santo de Assis, ali invocado como Das Chagas, já que a devoção veio
com os nordestinos, principalmente cearenses, onde há um enorme Santuário
dedicado a São Francisco das Chagas, na cidade de Canindé, que até hoje
continua a atrair milhares e milhares de devotos.
A história é
mestra, ensina Cícero. Felizes, então, os que aprendem com ela. Fazer memória
desses fatos é um preito de gratidão a todos aqueles que nos precederem,
impulsionaram e nos legaram esse maravilhoso testemunho de fé. Além de nos
possibilitar viver ainda melhor e de modo mais consciente a nossa própria fé.
Deus se utiliza, em todos os tempos e de modos variados, de mulheres e homens
para comunicar sua Vontade. De modo que também se utilizou para tal missão do
honroso e virtuoso “iniciador” do novenário, Raimundo Eustáquio de Moura, que
neste ano se completam 131 anos de seu nascimento e 51 de sua morte. Um homem
tocado por Deus, cheio de fé e zelo e que legou ao povo católico de Tarauacá
uma das maiores demonstrações de fé do povo acreano.
| Túmulo de Raimundo Eustáquio de Moura. Em destaque: lápide |
Obs.: as informações históricas, aqui usadas, têm como base uma
pequena biografia sobre Raimundo Eustáquio de Moura feita por sua filha
Celestina Mourão, cedido gentilmente pelo Palazzo, bem como a foto antiga da
Capela de São Francisco; E também de uma história de literatura de cordel da
poetisa Núbia Wanderley (A Origem do Novenário de São Francisco) e do livreto
de Anastácio Rodrigues de Farias (Diversos Dados Sobre o Município de Seabra
1905-1943).
Fonte Pesquisa: https://almaacreana.blogspot.com/2010/10/folclore-acreano-mitos-e-lendas.html
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