UMA CONVERSA INFORMAL COM MARIA OTACÍLIA DE FREITAS RIBEIRO/ESCRITORA/JORNALISTA
Conheci Maria Otacília de Freitas Ribeiro em Rio Branco/Ac. Tive a honra de lançar meu livro no Memorial dos Autonomistas, e lá estava Otacília para prestigiar o lançamento. Recebi um convite inesperado, por mim, para almoçar com ela e família na sua casa no domingo seguinte.
Daí em diante foi só alegria. Já na sua casa, descobri que Otacília era tarauacaense, oriunda de um seringal do Rio Muru. Casou-se aos 16 anos, residiu no Bairro da Praia. Lutou para garantir seus estudos e se formou em jornalismo, resolvendo fazer sua autobiografia no livro: Reminicências. Tive o prazer de ter longas conversas com ela, enquanto almoçava um delicioso frango com salada, vinho e sobremesas, preparada por ela. Algumas dessas conversas, fora gravada por Adalberto Queiroz (Presidente da Academia Acreana de Letras). Um amor de pessoa.
No livro, Otacília conta épocas sofridas, e como era Tarauacá (Seabra), naquelas datas. Inclusive, como aconteceu os novenários e missas. As brincadeiras que tinham, vultos importantes de nossa história e de como Tarauacá, se tornara tão festera. Tive uma aula de história, de Vila Seabra à Tarauacá.
Parte da Autobiografia:
"...Ainda
em 1939, a família Ribeiro resolvera trazer os filhos para estudar em Seabra. A
família trabalhara forte para garantir o sustento da casa. Raimunda e Armindo
residiam a Rua João de Paiva (pertinho do igarapé). Além de todo trabalho
feito, ainda se desdobravam para pagar o aluguel trabalhando na pequena e
triste Seabra na “A Samaritana”.
"... Em pouco
tempo, já se apresentavam na cidade, sempre às 18h00min de domingo. O mestre
era “Victor dos Anjos” (Saxofone), Manoel Pereira de Freitas (Nezinho) no
clarinete, Almir Wanderley da Silva (pistom), Raimundo Wanderley (clarinete),
Agenor Wanderley (trombone), Alberto Oliveira (trombone), José Décio Modesto
Craveiro (clarinete), Francisco Cordeiro (trombone), Francisco de Oliveira
Pinto (requinta), Ilton Nogueira Pontes (clarinete),José Correia Lima Golga
(saxofone), Joaquim Ferreira da Silva (saxofone), João Galdêncio (soprano),
Manoel Sobralino (trompa), Afonso de Oliveira (contrabaixo), Orlando Modesto
Craveiro (tarol) e José Galera dos Santos (percussão). As apresentações eram
sempre com grande público e se aglomeravam no coreto da praça central, a fim de
ouvir as músicas tocas pela banda instrumental recém criada".
Por: Copyright© 2025 @Flávio Santos
Nenhum comentário:
Postar um comentário