HISTÓRIA DO NATAL: ORIGEM, SIGNIFICADO E SÍMBOLOS
A visita dos Reis Magos a Jesus
O Natal,
dia 25 de dezembro, comemora o nascimento de Jesus Cristo, a figura mais
importante do Cristianismo.
Por esse
motivo, para os cristãos, trata-se de uma das principais datas comemorativas,
ao lado da Páscoa, em que se celebra a ressurreição de Jesus.
O dia de
Natal é feriado religioso em muitos locais do mundo. O chamado ciclo do
Natal é celebrado durante doze dias, que compreendem o dia 25 de dezembro
até o dia 6 de janeiro.
Origem do Natal: A festa de Natal tem suas raízes em festas
pagãs que eram realizadas na antiguidade. Nessa data, os romanos celebravam a
chegada do inverno (solstício de inverno). Eles cultuavam o Deus Sol (natalis invicti Solis),
e ainda realizavam dias de festividades com o intuito de renovação.
Outros povos
da antiguidade também celebravam a data, seja pela chegada do inverno ou pela
passagem do tempo.
A partir do
século IV, e com a consolidação da Igreja Católica em Roma, a festividade foi
oficializada como dies natalis Christi (Natal de Cristo). Como não se
sabe ao certo o dia em que Jesus nasceu, essa foi uma forma de cristianizar as
festas pagãs romanas, dando-lhes uma nova simbologia.
O termo
Natal tem origem na palavra do latim “natalis” que, por sua vez, é derivada do
verbo nascer (nāscor).
Esse período está relacionado com o tempo que os três reis magos, Baltazar, Gaspar e Melchior, levaram para chegar à Belém, cidade onde nasceu Jesus. A escolha da data foi ratificada em 350 d.C pelo Papa Júlio I (337-352).
Desde então,
o Natal passou a ser comemorado em diversos países, normalmente marcado pela
celebração da renovação e do nascimento.
O presépio recria a cena do nascimento do Menino Jesus
Símbolos do Natal: como surgiram?
Com o Natal
surgem vários sinais representativos dessa comemoração festiva, cada qual com
um significado distinto e com origem pagã ou religiosa.
Quando
falamos no nascimento de Cristo, a representação mais presente na nossa cabeça
é o presépio, afinal ele retrata o cenário onde o menino Jesus nasceu.
E aí, de
forma conjunta ou isolada, conhecemos os elementos que nele figuram: a sagrada
família, composta por Jesus, José e Maria, os três reis magos, o anjo e a
estrela.
Você sabia
que o primeiro presépio foi montado por São Francisco de Assis?
Sim, foi no
século XIII, na Itália, que São Francisco quis recriar a cena do nascimento de
Jesus para explicar para o povo como teria acontecido.
Depois, cada
vez mais a montagem do presépio tornou-se uma tradição forte e passou a ser
montado nas casas, nas igrejas e em diversos locais durante o ciclo do Natal.
O presépio simboliza a união do divino com o terreno, afinal reúne pessoas, animais e a figura de Deus. Ainda no campo religioso, os bonitos anjos usados na decoração do Natal remetem a São Gabriel, o arcanjo que anunciou à Maria que ela seria mãe de Jesus.
Os três reis magos são os magos que foram à procura de Jesus para adorá-lo e levar-lhe presentes. Essa tradição religiosa também inspira o costume de troca de presentes no Natal, embora hoje o comércio tenha dado novos significados a essa prática. E as estrelas nos topos das árvores de Natal são justamente o sinal seguido pelos reis magos para encontrar o lugar onde Jesus tinha nascido.
Árvore de Natal no parque Ibirapuera, São Paulo (2007). Foto de Silvio Tanaka
A árvore de
Natal é um dos símbolos mais famosos da festa de Natal.
O costume de
decorar árvores vem de tradições antigas europeias e ganhou força na Alemanha
Medieval. Lá, as pessoas montavam a "árvore do Paraíso", inspirada no
Jardim do Éden, e a enfeitavam com maçãs e frutas.
Mais tarde,
outros enfeites foram adicionados. Inclusive, Martinho Lutero, no século XVI,
foi um dos primeiros a usar velas para iluminar a árvore. Com o tempo, essas
tradições deram origem às árvores de Natal que conhecemos hoje.
O Natal
acontece no inverno europeu, e o pinheiro é a árvore mais usada nessa
celebração. Por resistir ao frio, ele simboliza esperança e paz, assim como
Jesus para os cristãos.
Montada próximo da data festiva, a árvore é desmontada no Dia de Reis, em 6 de janeiro.
Foto de Kiselev Andrey Valerevich (Shutterstock)
Se a árvore
é o símbolo mais emblemático, o Papai Noel é o personagem mais conhecido da
festa.
A figura do
Papai Noel é inspirada em São Nicolau, um bispo turco que viveu na antiguidade.
Ele teria ajudado um homem miserável, pai de três filhas, que não tinha
condições de sustentá-las e pagar o dote de seus casamentos. Para ajudá-lo, às
escondidas, Nicolau doou sacos com moedas para o homem necessitado. Esse feito
popularizou o bispo, e fez com que ele passasse a representar a generosidade
associada à época natalina.
Com o tempo,
e através de escritores como Washington Irving (1783–1850) e campanhas publicitárias,
a figura de São Nicolau ganhou novas características e deu lugar ao que hoje
conhecemos como o Papai Noel. Em vez de moedas, o bom velhinho deixa presentes
às crianças que se portam bem ao longo do ano.
Mesa preparada para Ceia de Natal com o tradicional peru
A ceia
também tem origens em festas antigas e medievais da Europa. Ela está ligada à
celebração do solstício de inverno e da Saturnália, um importante festival
romano celebrado em dezembro.
Ela
simboliza a união e a confraternização das famílias. Assim, na véspera de
Natal, os familiares se reúnem à mesa para a tradicional ceia de Natal. Na
cultura brasileira é comum ter o peru de Natal, as frutas secas e o panetone. Fonte:
Por: Copyright© 2024 @Flávio Santos
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