SAÚDE DO HOMEM: PREVENÇÃO É FUNDAMENTAL PARA UMA VIDA SAUDÁVEL
Os homens
brasileiros vivem, em média, 7,2 anos a menos que as mulheres. Entre as causas
de morte prematura estão à violência e acidentes de trânsito, além de doenças
cardiovasculares e infartos. Por isso o Ministério da Saúde implementou, em
2009, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Um dos
principais objetivos é promover ações de saúde que contribuam para a
compreensão da realidade singular masculina e propiciar um melhor acolhimento
no Sistema Único de Saúde (SUS).
Angelita
Herrmann, coordenadora de Saúde do Homem do Ministério da Saúde, ressalta a
importância de conscientizar o sexo masculino da importância de se cuidar. “É
preciso chamar atenção dos homens para o auto cuidado. Homem não é super herói,
eles precisam quebrar o mito de serem fortes o tempo todo. Essa cultura do não
se olhar é que faz com que os homens morram antes das mulheres”, disse.
A adoção de
hábitos saudáveis, a prática de atividade física regular, a alimentação
balanceada e o uso moderado de bebidas alcoólicas são cruciais para diminuir
estes agravos evitáveis. A identificação precoce de doenças aumenta as chances
de um tratamento eficaz. Por isso, alguns exames devem fazer parte da rotina
dos homens. “É preciso prestar atenção no corpo e ficar atento aos sinais que
ele envia. O cuidado deve ser diário. Mudanças de hábitos alimentares, com
menos alimentos gordurosos e ultra processados são fundamentais. Evitar estes
comportamentos de risco é a chave para uma vida mais longa e saudável”, disse a
coordenadora.
Aferir a
pressão com frequência e acompanhar as taxas de colesterol são importantes para
evitar doenças crônicas como a diabetes e a hipertensão. Outros testes
importantes a serem realizados dizem respeito às doenças sexualmente
transmissíveis como o teste de HIV, hepatite B (HBsAg) e do vírus da hepatite C
(anti-HCV).
Os homens
com mais de 50 anos e com sintomas de problemas na próstata, como dificuldade
para urinar, jato urinário fraco ou sensação de esvaziamento incompleto da
bexiga, devem ir ao médico para investigar o problema. É possível que outras
doenças, como uma infecção urinária esteja causando os sintomas. No Brasil, o câncer
de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de
pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e
o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres.
Para aqueles
com história familiar de câncer de próstata (pai ou irmão) antes dos 60 anos e
assintomáticos, a recomendação também é consultar um médico, pois somente ele
pode orientar quanto aos riscos e benefícios da realização dos exames. As
evidências disponíveis demonstraram que a realização periódica do toque retal e
dosagem de PSA em homens assintomáticos teve como resultado uma redução mínima
da mortalidade por câncer de próstata, mas com um aumento importante dos danos
na população rastreada, o que leva a recomendação de que não se organizem
programas de rastreamento para este tipo de câncer. Todos os procedimentos
devem ser solicitados pelo profissional de saúde, respeitando os protocolos
estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Outros cuidados, como autoexame de
testículos e pênis, são importantes.
Vale lembrar
que o câncer de próstata é considerado de terceira idade, já que ¾ dos casos
acontecem a partir dos 65 anos e o risco pode ser maior em quem tem histórico
familiar da doença. Ainda não existem exames adequados para o rastreamento do
câncer de próstata e a melhor alternativa hoje é manter uma alimentação
saudável, não fumar, ser fisicamente ativo e visitar regularmente seu médico.
Alguns
sintomas podem mostrar alterações do sistema reprodutor, principalmente na
próstata. São eles:
• Dificuldade para urinar
• Necessidade de urinar mais vezes (principalmente à noite)
• Urgência para urinar
• Dificuldade para iniciar ou parar o fluxo urinário
• Jato urinário fraco, reduzido ou interrompido
• Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga
• Necessidade de urinar mais vezes (principalmente à noite)
• Urgência para urinar
• Dificuldade para iniciar ou parar o fluxo urinário
• Jato urinário fraco, reduzido ou interrompido
• Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga
Fonte: Gabriela Rocha/ Blog da Saúde
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