EX PRESIDENTE LULA:
É CONDENADO A 12 ANOS E 11 MESES NO CASO DO SÍTIO DE ATIBAIA

O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado, nesta quarta-feira (6),
a 12 anos e 11 meses de prisão no caso do sítio de Atibaia. A sentença, da
juíza federal Gabriela Hardt, atribuiu a Lula os crimes de corrupção ativa,
passiva e lavagem de dinheiro. Essa é a segunda condenação do petista no âmbito
da Lava-Jato.
Ele já foi sentenciado em 1ª e 2ª instâncias no caso do triplex do Guarujá. No despacho, a magistrada afirma que a culpabilidade de Lula é “elevada” e que o ex-chefe do Executivo usou seu cargo para pleitear vantagens indevidas:
Ele já foi sentenciado em 1ª e 2ª instâncias no caso do triplex do Guarujá. No despacho, a magistrada afirma que a culpabilidade de Lula é “elevada” e que o ex-chefe do Executivo usou seu cargo para pleitear vantagens indevidas:
“A
culpabilidade é elevada. O condenado recebeu vantagem indevida em decorrência
do cargo de presidente da República, de quem se exige um comportamento exemplar
enquanto maior mandatário da República”, escreveu a juíza.
Segundo a
acusação do Ministério Público Federal (MPF), a Odebrecht, a OAS e a
empreiteira Schahin bancaram obras de melhorias no imóvel, que seria usado por
Lula, localizado em Atibaia (SP), em troca de contratos com a Petrobras.
Segundo a
acusação contra Lula, a Odebrecht, a OAS e a empreiteira Schahin gastaram R$
1,02 milhão em obras de melhorias no sítio em troca de contratos com a
Petrobras. A denúncia inclui ao todo 13 acusados, entre eles executivos da
empreiteira, aliados do ex-presidente e até seu compadre, o advogado Roberto
Teixeira.
Na sentença,
a magistrada reforça que a acusação aponta que Lula seria um dos principais
responsáveis pelo esquema de corrupção que castigou a Petrobras, usando seu
poder de decisão em relação aos encaminhamentos na companhia:
“Em síntese,
a denúncia acusatória aponta que nesse complexo contexto de corrupção
sistêmica, Luiz Inácio Lula da Silva seria o principal articulador e avalista
do esquema de corrupção que assolou a Petrobras, tendo em vista sua capacidade
de decisão com relação aos agentes públicos nomeados para a estatal, assim como
de influência e gestão junto a políticos da sua base aliada para manutenção do
financiamento político com recursos escusos”.
A juíza
também considerou um agravante para o cálculo da pena o fato de que o esquema
de corrupção tinha como objetivo a manutenção do grupo político de Lula no
poder: “Por fim, reputo passível de agravamento neste tópico os motivos do
crime, pois o esquema de corrupção sistêmica criado tinha por objetivo também,
de forma espúria, garantir a governabilidade e a manutenção do partido no
poder”.
Lula pode
recorrer da decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), com sede
em Porto Alegre. Caso o trâmite seja confirmado, o caso será analisado pela 8ª
Turma da Corte.
Segunda
condenação:
A segunda
condenação contra o ex-presidente ocorre cerca de um ano após o TRF4 confirmar
e aumentar a pena de Lula no caso do triplex do Guarujá. Nesse caso , em 1ª
instância o então juiz federal Sergio Moro condenou Lula a nove anos e seis
meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O TRF4
aumentou a pena para 12 anos e um mês. FONTE:
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