segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

ISAAC MELO: "A ALVORADA": HISTÓRIA E POESIA:

ISAAC MELO: JORNAL A ALVORADA: HISTÓRIA E POESIA

“O OBJETO QUE INDICA A CIVILIZAÇÃO DO MUNDO – O JORNAL”
X. (A ALVORADA, 18.2.1917, ANO V, N.40, P.2)


Contexto histórico:
A presença efetiva de exploradores e colonizadores brancos na região que hoje compõe o município de Tarauacá, berço de inúmeros povos indígenas, começou em fins do século XIX e início do XX. A economia da borracha, nesse período, dava ao país o segundo PIB. A borracha era tão valiosa, a ponto de ser chamada de o “ouro negro”, alcançando o seu apogeu em 1912, com o Brasil exportando mais de 42 mil toneladas do produto. Ironicamente, fastígio e miséria compunham as faces dessa mesma moeda. Sob o boom gomífero, cidades, como Manaus e Belém, vão viver a sua belle époque, elevando-se a condição de metrópoles em plena floresta amazônica.

É nesse contexto, inspirado, sobretudo, por essas duas metrópoles regionais, por sua vez, simulacro das metrópoles europeias, com seus teatros imponentes, cafés, jornais, etc. que as pequenas cidades e vilas também reivindicarão o seu ingresso na “civilização”. A imprensa, por meio dos jornais, era, por excelência, o símbolo da cultura, o signo do progresso, ao mesmo tempo em que significava o distanciamento, e mesmo, a negação da cultura local para dar lugar ao sentimento de pertencimento à “grande” civilização. E o modelo de civilização, em questão, é a europeia cristã.

Nesse sentido é que se pode compreender melhor a criação da imprensa em Tarauacá, seringal transformado em vila em 1907, esta elevada à categoria de cidade em 1913. Em uma década, por exemplo, de 1910 a 1920, nove jornais, de modesta a grande circulação, serão editados na cidade. O pioneiro é O MUNICÍPIO, cujo primeiro número saiu em 28 de setembro de 1910; seguido por A ALVORADA (14.7.1913); O ESTADO (29.1.1914); O TARAUACÁ (11.10.1914); EVOLUTIVO (15.4.1915); O DEPARTAMENTO (15.11.1914); JORNAL OFFICIAL (14.4.1916); A REFORMA (12.5.1918); e O REGIONAL (1917). Alguns tiveram vida curta; outros subsistiram, a mudar apenas de nome, conforme o prefeito da ocasião, quando se tratava de órgão público. O Município e A Reforma foram os de maior circulação e que mais tempo duraram. O primeiro circulou de 28 de setembro de 1910 a 26 de dezembro de 1937; o segundo, de 12 de maio 1918 a 25 de novembro de 1934.

Ressalte-se, ainda, que, à época, as cidades eram secundárias. Na região, a importância maior recaía sobre os seringais. Alguns seringais, com seus esmerados barracões, dispunham de “progressos” que só posteriormente chegariam às minúsculas cidades, como luz elétrica e pequenas fábricas de tecelagem, além de alambiques, engenhos etc. A sede do seringal, a depender da sua importância e tamanho, chegava a formar uma pequena vila. Não é a toa que praticamente todas as cidades do Acre surgiram a partir do núcleo de seringais. Portanto, os seringalistas, sequer, em muitas ocasiões, paravam na sede dos municípios. Dirigiam-se direto de seus seringais às cidades de Manaus e Belém. Nesse sentido é que, em alguns seringais, também era editado jornais, como é o caso de “O Porvir”, “jornalzinho” editado no seringal Paraíso, nos altos do rio Muru, por Bento Marques de Albuquerque, em 1915.
A Alvorada.

A partir de 19 de abril de 1913, a região composta pela então Vila Seabra, Vila Feijó e Vila Jordão irá formar um novo departamento político-administrativo, o Departamento do Tarauacá, desmembrado do Alto Juruá. A sede do novo departamento será Seabra, que, cinco dias depois, 24 de abril, será decretada como cidade. Na ocasião, ela já dispunha de um jornal, O Município, que existia desde 28 de setembro de 1910. O proprietário e fundador era Pedro Gomes Leite Coelho (1859-1937), considerado também “o fundador da Imprensa no Alto Amazonas em 1886”, com o jornal O Purus, editado na cidade de Lábrea. Três anos depois da fundação d’O Município, os funcionários deste resolveram criar outro jornal, cuja preocupação principal não era mais as notícias, e, sim, o aspecto literário. E assim nasceu o pioneiro A ALVORADA.


A Alvorada circulou pela primeira vez no dia 14 de julho de 1913. A data é simbólica, e faz alusão a Tomada da Bastilha que, naquela ocasião, completava-se 124 anos. Certamente, a escolha da data deveu-se a presença de um jovem francês, de 18 anos, Henri Froissart, que era o chefe das oficinas do jornal O Município e um dos fundadores do nascente A Alvorada. Froissart será um nome importante na imprensa tarauacaense, como diretor e redator dos principais jornais da cidade, em suas primeiras décadas.


O jornal saía, de início, quinzenalmente. E se denominava “periódico literrario e noticioso, tendo por único fim o desenvolvimento intelectual da mocidade do Departamento”, cujas colunas estavam “à disposição de todos seus leitores”, e aceitavam “toda colaboração sobre literatura, (prosas, versos), logogrifos, enigmas e charadas.” Além de ser, talvez, o primeiro jornal em todo o território acreano dedicado exclusivamente à literatura, A Alvorada se caracterizava, ainda, por ser um jornal autoral, criado para dar vazão e expressão à produção local. Raramente encontra-se, em suas páginas, a reprodução de textos de “grandes” autores, como era comum em outros periódicos. O jornal não só publicava, bem como encorajava o surgimento de novos autores. Um dos quais, sob o pseudônimo de Dulce Mar, assim se manifesta:

À LUCTA, MOÇOS!
Moços tarauacaenses! Animae-vos, enchei vossos peitos de coragem em desenvolver vossas idéas! Expandi-vos com vossos escriptos, na grande lucta intellectual.

Aparecer na imprensa, é ver deante de nós, um horizonte, cuja nuvem, espessa, oculta o ambicionado Thezoiro da mocidade; é ter-se deante dos olhos a certeza da mais nobre tarefa, a qual é compensada com os elogios do generoso público. O jornal, como disse um grande historiador, é o melhor livro, estando ele ao alcance de todos; ele nos ensina praticamente, e, mais tarde, nos offerece um campo amplo, livre para exclarecermos o que pensamos, o que sentimos, e, finalmente, nos mostra um caminho que, seguindo-o com coragem, com o firme propósito de não recuar, assim como quem vae para uma glória, em busca d’um ideal, encontraremos o ponto terminal, que será justamente a segurança da phrase escripta e impressa!
***
Aqui tendes, moços, como eu, a lanterna que vos há de illuminar nesse túnel de difícil passagem!

Segui! Não encareis obstáculos e, lá, nas entranhas da terra, então, como se estivesses a sonhar coisas apenas imaginárias, vereis, longe, muito ao longe, um branco que, à princípio, se apresentará do tamanho d’uma ostia, e augmentará aos poucos, conforme o vosso avanço nas trevas: será, indubitavelmente, o clarão do céu, límpido, e, então, passareis d’uma phrase à outra; da escuridão, à luz, que é o cultivo da intelligência, obtido no livro do povo – a Imprensa.

E, d’esse modo, tereis ao vosso alcance o que julgastes impossível!
Ficar no indifferentismo, tendo um guia que nos póde conduzir ao mais elevado triumpho, é conservar, sinistramente, sob uma enorme pedra tumular, todas as esperanças que gyram dentro dos nossos corações de moços.

(A Alvorada, 18.2.1917, Ano V, N.40, p.1)

O texto “Nova Luz”, ao modo de editorial, que consta na primeira edição, escrito por alguém que se assina apenas por “S.” ressalta que o jornal é um convite para os que ainda não afeitos nem atirados ao mundo literário pudessem experimentar os seus primeiros voos:

Como um astro mais, dentre muitos já existentes no nosso amado solo pátrio, com luz a expandir focos d’ouro a illuminar os recônditos deste meio lettro-social, – nasce hoje A ALVORADA.

Este jornalzinho, criado por um pequeno grupo de amadores sinceros da vida publicista, embora não tendo as bases fundamentares quer para a beleza de expressão de seus escriptos, devido à frágil competência de seus autores, jamais deixará de ser um guia, um mestre amigo dos que teem em mira esclarecer o espírito, expandir suas idéas.
A ALVORADA, prezadíssimos leitores, vem à luz para todos; tem como seu único programa, fazer o nosso desenvolvimento, o nosso engrandecimento, e, finalmente, o nosso conhecimento moral, physico e social.

Os seus fundadores notaram, por certo, algo de precisão de sua publicação, e foi procurando fazer desaparecer esta necessidade e satisfazer o desejo de seus apreciadores da mais bella canção da nossa vida – as letras, – os amigos das idéas fáceis, que por um esforço de nobre vontade, chegaram ao fim da rota almejada – crear um jornalzinho para os que ainda não feitos nem atirados ao mundo literário experimentarem seus primeiros voos.

Partiu-se, portanto, o elo que fortalecia este obstáculo: termina hoje a solução do desejado quão difícil problema; já temos um periódico para os pequenos adeptos do imortal Gutenberg.

Eis, pois, chegado o momento de fazerdes conhecidas as vossas idéas, educardes o vosso espírito, amardes com mais fervor as letras, dardes à instrucção o apreço merecido.

(A Alvorada, 14.7.1913, Ano I, N. 1, p.1)
É preciso lembrar que estamos a falar de uma Amazônia num tempo sem rádio, sem televisão, sem telefone, sem estradas, sem avião, onde o jornal era, talvez, o meio de comunicação mais eficiente e que alcançava os mais distantes lugares, ainda que com alguns meses de atraso. A Alvorada era mais uma possibilidade da pequena comunidade interagir, se reencontrar e se distrair, como ressalta Freire, num texto exaltando o aparecimento do jornal:

FIAT LUX
Salve hoje à luz da publicidade, A ALVORADA, que vem trazer à mocidade desta terra mais um momento de distração, de recreio e alegria.
O aparecimento d’A ALVORADA, devemos unicamente aos operários do ilustrado O MUNICÍPIO, que tiveram a feliz idea de fundal-a para o único fim do desenvolvimento de todo aquele que quiser aplicar-se às letras.

Muito bem!

E assim, que rejubilado, por ver mais um progresso nesta bella e futurosa Villa Seabra, saúdo aos patrióticos fundadores d’A ALVORADA.
Salvé A ALVORADA!
Salvé os seus fundadores!

(A Alvorada, 14.7.1913, Ano I, N. 1, p.1)
O papel social do jornal é preponderante para a cidade. É uma forma de se manifestar e de se mostrar para o mundo. É uma afirmação de identidade, e um modo de expressar seus valores, e sua cultura.  Por isso, Felicio Flavio chamou o jornal de “desmedida temeridade”: “Para que negar, se aqui, nesta região esquecida da vida e dos homens, a que bem podia chamar-se o Paiz do Isolamento,é uma desmedida temeridade arrostar com um periódico qualquer, seja ele grande ou pequeno, literrario, ou politico?” (13.5.1915, Ano III, N.21, p.1). De fato, era uma empresa ousada criar e manter um jornal numa pequena cidade amazônica. Todavia o esforço, a sensibilidade e o talento de algumas pessoas, aliados à economia do látex, possibilitou tal empreitada. Além do mais, o jornal era também uma forma de integração e de dialogar com o mundo. Daí o sentimento de alegria, a cada edição, como escreveu L.L.: “E nós que aqui neste “charco seabrense”, como bem já o disse há tempos um nosso valente chronista, passamos uma vida mais vegetal do que humana, mergulhados sempre em mágoas e tristezas, devemos-nos sentir alegres cada vez que lemos um novo número d’A Alvorada.” (11.4.1915, Ano III, N.20, p.1)

Embora o jornal dissesse aceitar “toda colaboração sobre literatura”, nem tudo que era enviado era publicado. Havia um crivo, sobretudo para textos com graves erros de ortografia, o qual garantia certo nível de qualidade e/ou de exclusão social. Os textos rejeitados eram respondidos numa seção chamada “Caixa d’Alvorada”, onde se dizia, mordaz e claramente, os motivos da rejeição. Eis um exemplo:

Para isso não precisa ser ave; como deve saber, temos os Zeppellins que podem fazer o mesmo efeito ou melhor!..., mas a ortografia é que não se pode engulir!... Se acha que não é o que dizemos, olhe o primeiro trecho que não alteramos:

“Que trestezas cruéis tem se apuderado di mem neses poucos dias.” (Os gryphos são nossos). Bonito! Não é, sr. escritor?!... Além d’isso, o título não está d’accordo com as suas tristezas e a sua vontade de vôar!...

Volte à escola e venha dar o seu recado, ouviu seu comandante?!

(A Alvorada, 15.3.1915, Ano III, N.19, p.3)
A Alvorada, de modo geral, teve boa acolhida. Recebiam elogios, inclusive, “do belo sexo”, como faziam questão de registrar. Aliás, a mulher era um dos temas recorrentes no jornal. Por meio dos textos pode-se ter uma ideia da visão do homem acerca da mulher, ou de como se compreendia o protagonismo e o lugar da mulher na sociedade, que fica patente num texto escrito por Ramalho Ortigão: “A grande, elevada e importante função da mulher nas sociedades humanas não é ser boticária, jornalista ou ser doutora, é ser mãe e ser esposa.” Nesse tom prossegue, e arremata: “que tenha enfim, superiormente instruída, que não seja médica, filosófica, nem literata, e que empregue todo o seu espírito e todo o seu coração em ser unicamente uma esposa e uma mãe.” (21.4.1916, Ano IV, N.32)

Era comum, à época, a interação entre sociedades recreativas e grêmios literários, na permuta de exemplares, como ocorreu d’A Alvorada com a Sociedade Recreativa e Instrutiva Club “7 de Julho”, de Tubarão-SC e com o Grêmio Recreativo Sobralense, do Ceará. Também ocorria a permuta com outros jornais, como, por exemplo, “O Antigal”, de Salvador-BA e “A idéa”, de Teresina-PI.

O jornal, de quatro páginas, com exceção da última edição, com seis, era composto por artigos, que versavam sobre temas gerais (local, nacional ou internacional), crônicas, poesias, logogrifos, enigmas e charadas, esses três gêneros sempre a ocupar a última página. Ainda havia a sessão dos aniversariantes, das visitas, chegadas e partidas. Os autores mais recorrentes eram: Henri Froissart, Rocha do Brazil, Angelo Silveira, Floros Orlando, Adalberto Rosas, Paulo Viana, Alberto Jacyranha, J. Assumpção, Lino de Sá, Kallermann, Oscar Castelo Branco, José Pereira de Albuquerque, Arthur Castelo Branco, Lauro Rose, Walkmar, Raulino, Felicio Flavio, Marques Sobrinho, Abílio Probem, Osman Jacy, Alberto da Lyra, Luiz de França, João Roberto, Targino Silveira, Amaral Ornellas, Cyro Borjona, José Augusto Correa, Teixeira de Albuquerque, Garcia Redondo, Sandoval Ornellas, Ignacio Bicoterio Detto. Há também muitos pseudônimos, entre os quais prevalecem: Dulce Mar, Vesper, Dr. Xisto, K.C. Tinho, Rolinha do Bosque, Seringueiro Acreano, Jodoval, Lince da Grei, Mar de Val, Matuto Embirense, Ribeirinho, Carioca.

Embora se dissesse quinzenal, A Alvorada, às vezes, contava com longos intervalos entre uma edição e outra. A partir, por exemplo, do sexto ano, isto é, 1919, o jornal acrescenta em seu cabeçalho o mote “humorístico”, tornando-se, assim, um “Periódico Literário, Humorístico e Noticioso”. Entre seus redatores encontrava-se Abílio Probem, que era tipógrafo, João Motta e Waldemar de Albuquerque, sob a direção de Henri Froissart. A última edição que consta no acervo da Biblioteca Nacional, data de 28 de fevereiro de 1919, o jornal estava em seu sétimo ano, na edição de número 44.

A poesia
Dos 32 exemplares pesquisados, e que constam digitalizados e disponibilizados no acervo digital da Hemeroteca da Biblioteca Nacional, no Rio Janeiro, apenas a edição d’A Alvorada de 12 de outubro de 1915 (Ano III, N.27) não consta nenhum poema. Ao todo, foram encontrados 49 poemas de 43 poetas diferentes, alguns a constar apenas as iniciais do autor ou o pseudônimo. Dos 43, apenas quatro eram mulheres, a saber: Maria Augusta Menezes, Maria Jacy Menezes, ambas com poemas de amor, Soledade d’Albuquerque, com uma poesia de cunho religiosa e o pseudônimo LIA-ANA, com um soneto de amor. Os demais poetas são: Rocha do Brazil, Alberto Jacyranha, Fritz-Night, Zelio, Pery, Antonio d’A. Sabo de Oliveira, Myrto d’Alva (pseudônimo do poeta Ulisses Castelo Branco), Adalberto Rosas, Criseo Tyreo, Ruhtra Nilo, Romiluz, João do Muru, Oscar Castello Branco, Marques Sobrinho, A. T. ou C., A. Q., Chico do Acre, Vesper, Poty Potyguara, Francisco C. Araújo, Gonçalves Crespo, A. P. (Abílio Probem, provavelmente), Felicio Flavio, S. S., Dilermando Cruz, anônimo, Levy Saavedra, Arthur Roberto, Daniel Valle, Lauro Sombra, Felix Pedreira, Paulo Borba, Julio Olympio, Rozildo Bracha, Roberto Cruz, Furtado Filho, Apollo, X. e Moura Azeredo.

A forma poética que predomina é a do soneto, ao todo, vinte e oito. Talvez por inspiração bilaquiana. Mas há, também, quadras, tercetos, entre outros, a constar, em todos, a presença de rimas. Os poemas gravitam, a maioria, em torno de temas como o amor, onde se sobressai os apelos, encantos, frustrações, advertências e galanteios ao público feminino. O fato de o jornal ser feito por jovens, e, sobretudo, destinado a eles, talvez explique a proficiência da temática. Todavia há, ainda, os de cunho religioso, ufanista, político e existencial.

Por fim, a existência d’A Alvorada, um entre diversos jornais locais, nos leva a questionar a tese comum a certas historiografias que afirmam ser a colonização dessa região feita predominante por pessoas rudes, de pouca ou nenhuma instrução, ainda que, certamente, houvesse. Como se explica a abundância de jornais numa cidade que não tinha mais que dois mil moradores? Por outro lado, sabe-se que o jornal era expressão, se não da elite financeira, certamente da elite intelectual que estava a se formar, composta por promissores jovens de “boas famílias”. No entanto, é preciso frisar, a massa que habitava as cidades se diferenciava da que habitava os seringais. A Alvorada circulava tanto por um quanto por outra. Todavia, nos fica a incógnita se, a furar a barreira dos barracões, ele conseguia chegar aos distantes centros, onde viviam e trabalhavam os seringueiros. Estamos propensos, dado as evidências, a pensar que não. Embora houvessem textos que fossem feitos e enviados dos seringais, eles eram de autoria dos filhos de seringalistas, e não propriamente dos seringueiros. Porém, devido à falta de algumas edições, e de informações de quem eram os autores, muita coisa ainda fica em aberto e a se responder. FONTE E MATÉRIA COMPLETA AQUI:

Por: Copyright© 2018 @Kbym

Nenhum comentário: