segunda-feira, 17 de setembro de 2018

"O INJUSTIÇADO":

O INJUSTIÇADO

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Que Abacaxi!
Em uma grande e conceituada empresa trabalhava o Álvaro. Era um funcionário muito sério, bastante dedicado e, acima de tudo, cumpridor de suas obrigações. Tinha já 20 anos de casa e ninguém tinha queixa dele. E, de mais a mais, o Álvaro também não era de reclamar.

Certo dia, entretanto, o funcionário, tão exemplar, se sentiu indignado e foi diretamente ao patrão expor sua questão. Em um tom um tanto áspero, disse:

- Senhor Luiz, tenho trabalhado todos estes anos em sua empresa, sempre com muita dedicação, mas agora, sinceramente, eu me sinto injustiçado.

O patrão, surpreso, tanto com o tom áspero quanto com a declaração de se julgar vítima de uma injustiça, perguntou:

- O que há, Álvaro? O que está acontecendo com você? Por que tanta contrariedade?

- É que o Rodrigo está na empresa há apenas três anos e recebe mais do que eu – respondeu ele.

O patrão, percebendo os sentimentos do seu fiel funcionário, levando em conta todos os anos de dedicação ao emprego, fingiu não entender  mudou logo de assunto:

- Foi bom você ter vindo aqui, Álvaro, pois tenho um problema para você resolver. Estou querendo incorporar uma sobremesa ao cardápio servido ao nosso pessoal. Aqui na esquina tem uma barraca de frutas. Vá até lá e verifique se tem abacaxi.

Álvaro saiu para cumprir sua missão, embora não estivesse compreendendo o porquê da ordem recebida. Deu cinco minutos e lá veio o homem de volta.

Perguntou-lhe, então, o patrão:

- E aí, Álvaro? Fez o que lhe pedi? Verificou se na barraquinha vende abacaxis?

- Verifiquei, conforme o senhor mandou. Tem abacaxi sim.

- E quanto custa? - indagou o patrão.

- Isso eu não perguntei - foi a resposta.

- Existe outra fruta que eu possa substituir pelo abacaxi, se quiser? - continuou o patrão.

- Não sei não senhor - respondeu Álvaro.

- Muito bem, Álvaro. Sente-se na cadeira, por favor, e me aguarde um pouco - pediu-lhe o chefe.

Em seguida, pegou o telefone e mandou que lhe chamassem o Rodrigo, aquele de quem o Álvaro havia falado.

Quando o rapaz entrou na sala, o Sr. Luiz contou-lhe a mesma história da sobremesa e pediu que ele fosse à barraca da esquina verificar se lá eles vendiam abacaxis. Em oito minutos, Rodrigo estava de volta.

- E então, Rodrigo? Eles têm abacaxi? - perguntou-lhe o patrão.

- Sim senhor e em quantidade suficiente para todo o nosso pessoal. E, se o senhor quiser, eles também têm laranjas e bananas - respondeu prontamente o Rodrigo.

- E o preço? - quis saber o Sr. Luiz.

 - Bom, o abacaxi sai por R$ 0,90 a unidade; a banana a R$ 0,35 o quilo e a laranja a R$ 40,00 o cento, já descascada, mas como eu disse que a quantidade era grande, eles informaram que dariam um desconto de 15%. Caso o senhor resolva comprar mesmo, eu volto lá e confirmo - disse o rapaz.

O patrão agradeceu ao Rodrigo, dispensou-o e se voltou para o Álvaro, que estava sentado na cadeira ao lado e, a essa altura, já tinha aprendido a lição.

Esta história me faz lembrar da Parábola dos Talentos, quando o patrão voltou pra prestar contas com os seus empregados. Aquele que apenas guardou com cuidado o seu talento ouviu o seguinte: "Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu. Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez. Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado." (Mateus 25.26-29) FONTE:

Por: Copyright© 2018 @Kbym

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