CIENTISTAS
AMERICANOS PRODUZEM CLONE DO ZIKA VÍRUS
E AVANÇAM NA BUSCA POR VACINA
Os cientistas conseguiram
infectar o mosquito com o vírus clonado (Foto: Divulgação/Pixabay)
Em uma
tentativa de acelerar a busca por uma vacina, cientistas americanos anunciaram
que conseguiram clonar o Zika vírus. O clone
produzido pelos pesquisadores é uma réplica do tipo do vírus que está se
espalhando pelas Américas e que tem sido associado a um boom nos casos de
microcefalia e demais malformações cerebrais em bebês.
Em testes
realizados na Universidade do Texas, o clone conseguiu infectar mosquitosAedes
aegypti , que carregam o Zika, e provocou a doença em ratos de laboratório. O
estudo foi publicado na revista científica Cell Host & Microbe .
Especialistas
afirmam que esse experimento pode ser usado para ajudar no desenvolvimento de
uma vacina eficaz contra a doença – a esperança é que uma possa estar pronta
para testes já nos próximos meses.
Testes em Humanos:
Apesar dos
avanços, a criação de uma vacina eficaz e segura o suficiente para ser
oferecida para o público geral pode levar anos. O Zika vírus
pode causar sérios problemas aos fetos, embora normalmente a mãe não apresente
nenhum sintoma visível.
Segundo
pesquisadores, uma vacina que proteja gestantes e outras pessoas com riscos
maiores de infecção é uma das formas mais eficazes de combater a doença. Muitos
grupos de pesquisa ao redor do mundo trabalham para tentar desenvolvê-la.
O Instituto
Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos espera dar início
aos testes clínicos em humanos em setembro.
Ainda é
necessário encontrar uma versão mais “segura” do Zika vírus, ou seja, que seja
capaz de reagir à infecção sem que a doença seja causada.
A equipe da
Universidade do Texas afirma que a clonagem do vírus pode ajudar os cientistas
a atingir esse objetivo.
Avanços:
Os
pesquisadores já conheciam a estrutura do vírus, mas ainda não a haviam
replicado – ao menos não essa cepa do Zika. Pesquisador da
Universidade de Manchester, na Inglaterra, Tom Blanchard está usando uma
variação da vacina contra a varíola para tentar desenvolver um antídoto para a
doença transmitida pelo Aedes Aegypti . “O desafio para
quem desenvolve vacinas, como nós, é separar os efeitos nocivos do vírus
daqueles que são benéficos. Queremos criar algo que vai replicar a infecção,
mas sem causar danos. E pesquisas como essa podem ajudar”, afirmou. A professora
Polly Roy, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, também recebeu
a notícia sobre o estudo de forma positiva.
“Isso é muito
bom. Os cientistas têm tudo o que precisam para testar o vírus agora.”
Para ela, além
de desenvolver a vacina, os pesquisadores tão poderão testar remédios
antivirais que capazes de reduzir os efeitos do Zika em quem já foi infectado.
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016
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