JOSÉ JOAQUIM SEABRA
- FOZ DO MURÚ-SEABRA-TARAUACÁ
Tarauacá: 103 anos de história: Rios
dos Paus e das Tronqueiras
Um Pouco Mais da história de Tarauacá: José Joaquim Seabra, conhecido como J. J. Seabra (Salvador, 21 de Agosto de 1855 - Rio de Janeiro, 5 de Dezembro de 1942), foi um político e jurista brasileiro. Foi
um dos poucos parlamentares a participar do processo de promulgação das duas
primeiras constituições republicanas (1891 e 1934).
Governou a Bahia em duas ocasiões, de 1912 a 1916 e de
1920 a 1924. Como entre 1916 e 1920 foi governador Antonio Muniz, seu aliado político,o período do
seabrismo na Bahia se estende por 12 anos, desde 1912 até 1924. Seabra, a lado
de José Marcelino, Antônio Moniz e Góis Calmon, foi um dos poucos governadores
da Bahia que não romperam com seus sucessores (mas, no segundo governo, rompeu
com Góis Calmon, antes mesmo deste tomar posse no governo do estado).
Formado em direito na Faculdade de Direito de Recife em 1877, foi, logo após diplomar-se e mediante
concurso, professor catedrático e diretor geral nesta mesma instituição, tendo
para tal abandonado o cargo de promotor de justiça que vinha exercendo havia
pouco tempo, para desespero da família.
Ingressando na política, em seu estado
natal, Seabra tenta se eleger para a Câmara Baixa nas últimas eleições do
Império, em 1889. No ano seguinte, elege-se deputado para a Constituinte
Republicana, e logo após, para a Nova Câmara dos Deputados. No governo Floriano Peixoto fez violenta oposição, chegando a ser
exilado na Amazônia (Cucuí), depois Montevidéu,
retornando com a anistia de 1895. Foi seu advogado nessa ocasião Rui Barbosa, que
mais tarde se tornaria seu grande rival na política baiana e brasileira. Foi Deputado Federal em outras três ocasiões, chegando à
liderança do governo durante o mandato de Campos Sales,
sendo o último mandato como deputado federal de 1916 a 1920, quando volta ao
governo baiano pela segunda e última vez.
No governo de Rodrigues Alves ocupou o Ministério da Justiça e
Negócios Interiores (1902 - 1906) e, interinamente, o Ministério das Relações
Exteriores, de 15 de novembro a 03 de dezembro de 1902. Foi também ministro da Viação e Obras
Públicas (1910 - 1912) na presidência de Hermes da Fonseca, e
senador. Foi ainda como Ministro que concorreu à candidatura ao governo da
Bahia, quando aproveitou a maré intervencionista do governo Hermes da Fonseca
para, através do bombardeio de Salvador em 1912, impor a vitória aos seus
adversários. Em 1922, foi candidato a vice-presidente na chapa dissidente
"Reação Republicana",
encabeçada por Nilo Peçanha, e
apoiado pelas oligarquias situacionistas da Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco e
Rio Grande do Sul, derrotada pelo candidato oficial Arthur Bernardes.
Este, ao final do seu mandato como governador, impôs um exílio pela Europa que
terminou no seu regresso em 1926, com a eleição de Washington Luís.
Diferente de outros tantos políticos da República Velha, Seabra não encerrou sua participação
na vida pública com a Revolução de 30, pois ainda que velho, rearticulou-se
com antigos adversários na política baiana, tais como os irmãos Mangabeira
(Otávio e João), Simões Filho, Pedro Lago, Miguel Calmon e outros para formar o
Autonomismo, movimento em defesa da autonomia do estado frente ao
intervencionismo varguista e a Juracy Magalhães, jovem tenente combatente da
Revolução de 1930 e nomeado em 1931 interventor federal na Bahia. Seabra chegou
a apoiar a revolução de 1930, na esperança de reverter o ostracismo que sua
derrota em 1924 lhe impôs na política do seu estado natal, mas acabou se
afastando posteriormente do movimento, por não se sentir prestigiado. Seabra
foi um dos dois únicos políticos a figurar nas duas primeiras constituintes da
República.
É lembrado pela ampla obra de
reurbanização empreendida na capital baiana, pela oratória, gestos largos e
suas controvérsias políticas.
Homenagem:
·
O município baiano
de Seabra foi nomeado
em sua memória.
·
A Avenida J J Seabra, em Salvador, e em São Paulo, foi nomeada na mesma
intenção.
Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/José_Joaquim_Seabra
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