POLÍTICA NO BRASIL
39 SENADORES SÃO À FAVOR DA SAÍDA DE DILMA
O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT),
praticamente jogou a toalha e admite que no máximo até o dia 11 de maio a
presidente Dilma Rousseff será impedida pela Casa de permanecer no cargo de
presidente da República. A afirmação do petista foi feita nesta segunda-feira,
25, durante lançamento da revista de seu gabinete, na Biblioteca da Floresta,
em Rio Branco.
“No mínimo o que o Senado vai fazer a
comissão lá, pelo que eu tenho ouvido, eles vão fazer o afastamento da
presidente até o dia 11 pra depois começar o julgamento. Tá virando um fato
consumado. Eu não tenho nenhuma dúvida de que tá sendo um golpe que tá sendo
dado, um golpe institucional”, disse Viana
O senador disse que vai propor a
realização de novas eleições presidenciais, mas para isso é necessário um pacto
entre oposição e governo.
“Aí você vai pôr no lugar um governo
sem legitimidade. Olha o tamanho do problema que a gente pode tá criando. Vamos
propor antecipar as eleições, mas isso tem que ser um acordo, um pacto. Tá na
hora da gente chamar um pacto de pacificar o Brasil, de não romper com a
democracia brasileira. Porque por pacto pode mudar a Constituição e chamar a
eleição em outubro pra decidir um presidente que possa ocupar mandato tampão,
enfim, pacto é pacto, acordo dos dois lados.”
A eleição da comissão do impeachment
ocorre nesta segunda-feira. Nesta terça-feira serão escolhidos oficialmente o
presidente e o relator do processo. Os senadores Raimundo Lira (PMDB-PB) e
Antônio Anastasia (PSDB-MG) devem ser confirmados com presidente e relator,
respectivamente.
O relator terá 10 dias úteis para
elaborar um parecer pela admissibilidade ou não do processo de impeachment. O
relatório é votado na comissão e depois submetido ao plenário. A oposição quer
concluir a votação no plenário entre os dias 11 e 15 de maio.
Para que Dilma seja afastada por até
180 dias, basta o voto da maioria – 41 dos 81 senadores. Se isso ocorrer,
inicia-se a fase de coleta de provas, o presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), Ricardo Lewandowski, assumirá a condução do processo e Dilma terá
direito de apresentar defesa. Para cassar o mandato da presidente, o quórum exigido
é maior – dois terços, ou 54 dos 81 senadores.
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