O PODER DA IGNORÂNCIA
“Só sei que
nada sei” Sócrates. Um dos princípios da mente coerente e dotada de
inteligência é esse, a avaliação da própria ignorância ante a infinidade de
coisas e possibilidades que existem.
Para alguns
historiadores a sociedade como um todo está em decadência, a atrofia cerebral é
tamanha que a humanidade padece da doença da ignorância. Causadoras, inclusive,
de modificações físicas do órgão, deteriorando-o biologicamente e
regressando o homem ao instinto primário. A salubridade do cérebro corresponde
a alimentação de suas cargas eletroquímicas através de seus sentidos (visão,
paladar, audição, tato, olfato), no entanto, só tê-los não torna um homem apto
a um cérebro eficaz. É necessário fazer bom uso deles..
Diante dos
bilhões de seres humanos, poucos revelam capacidade cognitiva para ir além
daquilo que a sociedade impõem.“A chave misteriosa das desgraças que nos
afligem é esta; e somente esta: a Ignorância! Ela é a mãe da servilidade e da miséria”
Rui Barbosa jurisconsulto no século XIX. A ignorância, ou seja, ignorar, não
saber, faz do homem uma massa frustrada e ignóbil facilmente levado por
qualquer poder. É atribuída a ignorância guerras, crimes, atentados, fome,etc.
Mesmo países ricos dominados por poucos, a população amarga as piores mazelas
sociais devido a ignorância de não saber onde, como e o que fazer.
“A diferença
entre um homem sábio e um homem ignorante é a mesma entre um homem vivo e um
cadáver.” Aristóteles
Pensadores,
filósofos, cientistas “adivinharam” o que ocorreria a humanidade muito tempo
depois de professarem suas palavras, baseados em suas pesquisas, análises e
recorrentes buscas de conhecimento. Para eles nunca tantos usufruiriam daquilo
que tão poucos fariam. Como flagelo da humanidade e a limitada condição do
homem que prefere usar a força a pensar, a ignorância mudou conceitos, deturpou
ações e se alastrou como uma epidemia. Hoje honestidade, caráter, justiça
são coisas, basicamente, de gente fraca e burra, logo vergonhosas.
A busca do
saber, para pensar e agir sempre acompanhou a humanidade. Engana-se quem pensa
que é necessário um cérebro geneticamente superior para sair do rebanho.
Semelhante a um músculo que precisa de exercício para se desenvolver, o cérebro
de muitos gênios eram considerados normais, mesmo ao demonstrar propensão a uma
temática, foi sua capacidade de desenvolvê-la que fez a diferença. Também não
se trata de conhecer uma área como: medicina, física, matemática, etc, que
apesar de importante para o desenvolvimento individual e social, não o
tornariam imune a massificação.
O Estudioso
e pesquisador Bernardino Carleial Psicólogo da Universidade de Minas
Gerais. Relata que o estimulo cerebral deve ser continuo e qualitativo, não
basta ler, temos que ler o que é relevante. Não é só ouvir música, é
importante, por vezes, ser inteligível. Que olhemos e sintamos algo que nos
inspire, as artes, a própria natureza. Aquilo que alimentamos o cérebro será
naturalmente o comportamento externo. Alguns afirmam que a ignorância alivia o
sofrimento. Já que se não sabemos, não sofremos. Nesse caso podemos incorrer em
duas possibilidades, sofrer por atrofiar o cérebro e a precária
expectativa de vida pela pobreza intelectual.
Por: http://www.publikador.com/
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