-TRAGÉDIA EM SANTA MARIA-INCÊNDIO MATA 245-
"Os celulares continuam tocando nos
bolsos dos cadáveres dos jovens em Santa Maria - RS. É o desespero e a esperança de seus
pais, acreditando que os seus filhos estão vivos"
-Moisés Diniz -Facebook
RELATOS DE SOBRE VIVENTES:
Uma jovem que não quis se identificar contou que após o
disparo de um fogo de artifício houve um clarão muito grande seguido de uma
fumaça preta. As pessoas começaram a se desesperar e, na tentativa de fugir,
algumas caíram no chão e foram pisoteadas. Ela conta que só conseguiu se salvar
porque estava próxima da única porta do prédio.
Ezequiel Corte Real, 23 anos,
estava na boate quando o incêndio começou. Ele conta que ajudou muitos a
saírem, mas admite que foi muito difícil se salvar.
- Eu só consegui sair porque
sou muito forte - disse ao “Diário de Santa Maria”.
O bancário Alberto Tessmez, de
35 anos, estava dando voltas de carro pela cidade com amigos quando percebeu a
movimentação em frente a boate Kiss, na Rua dos Andradas. Ele contou que ajudou
pelo menos 50 pessoas a sair da boate. Segundo ele, a fumaça era muito densa, o
que dificultou na retirada das pessoas.
‘Foi
muito rápido’
A estudante Taynne Vendrúsculo
contou para a “Globo News” que só conseguiu sair da boate porque estava perto
da porta de saída. Ela conta que as pessoas que estavam perto do palco não
conseguiram deixar a casa noturna.
- Um amigo viu o fogo. Saímos
rápido, dentro de dois minutos após o incêndio Foi muito rápido para o fogo se
alastrar. Saímos e fomos para o estacionamento de um supermercado, que fica em frente. Temíamos
alguma explosão - contou a menina à emissora, que disse ainda que estava em
estado de choque. - Não consigo saber notícias de três amigos, se eles estão
bem ou não. Foi tudo rápido.
Luana Santos Silva, 23 anos,
contou para a “GloboNews” que o fogo se alastrou muito rapidamente: “Olhamos
para o teto e estava começando o fogo. Foi um amigo nosso que nos mostrou.
Então, nós começamos a sair, mas não dei muita bola no início. Minha irmã que
me puxou. Saí arrastada pelo chão. E foi só atravessar a rua que começou a sair
muita fumaça e aí começou a sair o pessoal desesperado, gente machucada”.
Ao jornal “Zero Hora”,
o vocalista e guitarrista da banda Pimenta e seus Comparsas, Valterson
Wottrich, de 36 anos, contou que estava no camarim quando o incêndio começou.
Segundo ele, sua banda havia acabado de se apresentar e o grupo Gurizada
Fandangueira havia subido ao palco. De acordo com Wottrich, o camarim fica no
segundo andar, perto da entrada da casa noturna, e foi possível ouvir que a
música parou de repente, o que chamou atenção do técnico de som da boate. Em
seguida, pessoas começaram a gritar e a pedir extintores de incêndio.
- Era tudo preto, a decoração,
as portas, não tinha luz. Corríamos sem saber para onde. Fui instintivamente em
direção ao que achei que fosse a porta. Era um labirinto, tudo cheio de curvas
— lembra Wottrich, que procura dois amigos da banda que estão desaparecidos.
(Elizeu Sombra-Facebook)-"BRASIL PELA PERCAS DE 245 DE
SEUS FILHOS QUE FORAM CEIFADO PELA MORTE, MAS ISSO FICA DE EXEMPLOS PARA AS
AUTORIDADES QUE POSSA FISCALIZAR MELHOR ESSAS CASAS DE SHOWS, VAMOS ORAR A DEUS
E PEDIR PARA DAR FOÇAS A ESSAS FAMÍLIAS...... QUE DEUS ABENÇOE.... A
TODOS...."
(Mariluce Vitorino-Facebook)-"MEU DEUS!!! ATÉ QUANDO ESSA GANANCIA POR
DINHEIRO VAI ACABAR? É LAMENTÁVEL TERMOS QUE PASSAR POR ESSE MOMENTO TRISTE,
POR CAUSA DESSA IRRESPONSABILIDADE DESSES QUE SE DIZEM
EMPRESÁRIOS DE CASAS NOTURNAS E NÃO SE INTERESSAM PRA VEREM SE ESTÁ TUDO NORMAL
NO MEIOS DE SEGURANÇA DOS CLUBES. ISSO É UM ABSURDO E VAMOS VER AGORA SE A
JUSTIÇA VAI TOMAR AS DEVIDAS PROVIDENCIAS, APESAR QUE INFELIZMENTE TEM QUE
HAVER ESSAS TRAGÉDIAS PARA PODEREM SER TOMADAS ESSES CUIDADOS. NA VERDADE NÃO
EXISTE FISCALIZAÇÃO DE NADA NESSE PAÍS. DEUS DARÁ CONFORTO A TODOS OS FAMILIARES
DOS SEUS ENTES QUERIDOS..."
(Fabrício Carpinejar)-Facebook - "Morri em Santa Maria hoje. Quem
não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça.
A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão
nefasta. Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia.
Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa. A fumaça corrompeu o céu
para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013. As chamas se
acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada. Morri porque tenho
uma filha adolescente que demora a voltar para casa. Morri porque já entrei em
uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio. Morri porque prefiro
ficar perto do palco para ouvir melhor a banda. Morri porque já confundi a
porta de banheiro com a de emergência. Morri porque jamais o fogo pede
desculpas quando passa. Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.
Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo? O prédio não
aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista. A saída era uma só e
o medo vinha de todos os lados. Os adolescentes não vão acordar na hora do
almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente
do futuro. Mais de duzentos e cinquenta jovens sem o último beijo da mãe, do
pai, dos irmãos. Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no
Ginásio Municipal. As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças
universitárias estão eternamente no silencioso. Ninguém tem coragem de atender
e avisar o que aconteceu."
(Eduardo Farias) Facebook- Começando o dia com uma noticia trágica e triste, um incêndio em uma boate em Santa Maria - Rio
Grande do Sul com quase 200 jovens universitários que teriam um longo futuro
pela frente. Lamentável... Acompanhando no Globo News, globo.com. Que
Deus conforte suas famílias com essa perda irreparável.
(Gilmar Torres) Facebook-"Gente, é triste? É. Quem não está se
imaginando na pele de um pai que vê hoje seu filho num caixão, quando era cheio
de alegria, vida e sonhos. Mas este fato não é maior que a morte de milhares,
não de 245, mas milhares de pessoas que morrem todos os dias e não tem a
solidariedade dos brasileiros...são os pobres, que morrem nos hospitais à
míngua e que nunca teriam dinheiro pra entrar numa boate dessas, mas que
infelizmente, não tem a solidariedade de todo o país. Meus pêsames às famílias,
mas que este mesmo sentimento seja exposto às injustiças contra milhões de
pessoas que sofrem da mesma perda."
Fotos: Google.com
Por: #@ Kbym 2013
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