quarta-feira, 9 de novembro de 2011

NOS BASTIDORES DO PODER:

"DEPUTADOS À BEIRA DE ATAQUE DE NERVOS"

QUEM VENCERÁ ESSE DUELO E QUE PERDERÁ?

"QUEM PERDE EU SEI...O POVO DO ACRE"

“Eu estou com medo de ser deputado”, diz líder do governo na Aleac ao relembrar conflito de terça

"Calma deputado...O senhor não é disso!!!"

O conflito entre manifestantes e seguranças da Assemleia Legislativa, que resultou em supostos danos ao veículo de um deputado da base governista, foi o ingrediente principal dos debates da sessão ordinária, da manhã desta quarta-feira, 09, na Aleac. Segundo afirmações de deputados da base de sustentação, os agricultores do Ramal Mário Lobão, que foram impedidos de entrar na Casa e bloquearam a saída da garagem da Aleac, faziam parte de uma armação da Eufran Indústria e Comércio de Lâminas Ltda, para pressionar o poder legislativo.

O líder do governo, deputado Moisés Diniz (PC do B), informou que o ônibus que conduzia as pessoas a Rio Branco, quebrou ocasionando o atraso dos agricultores que fariam parte da manifestação da empresa Eufran, que reivindica a concessão da inscrição estadual para a empresa que estaria parada a mais de dois anos, voltar a operar no distrito industrial de Rio Branco. O parlamentar disse ainda, que a situação teria sido armada pelo militante do PSDB, Rui Birico, que insuflou os ânimos dos manifestantes.

“O que aconteceu na Assembleia, ontem foi vergonhoso e deprimente e se continuar desta forma, eu vou me licenciar. Ontem uma empresa toda irregular nos criticou. Esta empresa que não cumpriu as cláusulas do contrato para estar no distrito industrial, contratou pessoas para vir a Aleac, com a promessa a pessoas de ramais que pagariam R$ 180 – pelo metro cúbico de madeira se ele continuasse a operar”, enfatizou Diniz.

O comunista afirmou que teria imagens que mostram Rui Birico entrando no gabinete de Major Rocha e saindo com um megafone. Diniz pediu a Mesa Diretora que alguns privilégios dos militantes fossem restringidos na Aleac. “O senhor Rui Birico, do PSDB não vai mais ter acesso as dependências da Aleac, como antes. Seu acesso vai ser restringido, como qualquer pessoa cidadão”, enfatiza Diniz.

O líder do governo enfatizou que a situação teria chegado ao anarquismo, dando como exemplo os movimentos grevistas dos funcionários públicos, que mesmo diante de um longo período de negociação, não chegaram a tentar invadir o parlamento. “Enfrentamos 29 dias de manifestação do funcionalismo público aqui na frente do prédio, mas em nenhum momento teve episódio da natureza do que ocorreu ontem. Foi banditismo e isso, nós não vamos enfrentar. Eu não estava acostumado a conviver com bandidos e estou com medo de ser deputado”.

Na sessão de ontem, o deputado Moisés Diniz não se pronunciou como fez com a na sessão que teve a participação e manifestação dos empresários certificados pelo Estado e seus funcionários. No evento que envolveu as empresa Laminados Triunfo e Ouro verde, na ocasião, Diniz fez um discurso contundente, sendo aplaudido pelos empresários e servidores das empresas, que ao exemplo de ontem, ocuparam as galerias da Aleac, com cartazes e faixas.

“Esta Casa não pode permitir banditismo. Essa empresaria abanava o dedo na frente de deputados. Os financiamentos em bancos e a situação da empresa dela são gravíssimos. Essa empresa está há dois anos sem trabalhar. Não tinha nenhum funcionário desta empresa, ontem aqui dentro, eram apenas pessoas pagas. Fizeram ação de bandido e a Casa tem que se pronunciar”.

Rocha contesta afirmações de Moisés Diniz
O líder da oposição, Major Rocha (PSDB) refutou todas as afirmações do deputado Moisés Diniz. “Respeitando a palavra do Moises Diniz, eu gostaria de dizer que bandidagem também foi o que o governo fez ao trazer as empresas para esta Casa, com aparato da assessoria de comunicação do governo, disparando flash de máquinas para atrapalhar discurso de parlamentar de oposição”.

O deputado tucano disse ainda, que “se teve bandidagem na ação da empresa, ela também apontou uma série de irregularidades em empresas que se instalaram dentro do distrito industrial”, questionou Rocha, negou ainda, que tenha acontecido crime nos protestos dos supostos trabalhadores, “que crime o Ministério Publico teria que apurar na manifestação?”

Ray Melo, da redação de ac24horas – raymelo.ac@gmail.com

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