quarta-feira, 18 de maio de 2011

COM A SAÚDE, TOME CUIDADO...

PEDRA NA VESÍCULA - CALCULO BILIAR




O que é Pedra na Vesícula?

O nome é pouco conhecido: colelitíase. Muitas pessoas podem estranhar se souberem que esta doença afeta cerca de 20% da população. No entanto, ao conhecerem seus apelidos: pedra na vesícula ou cálculos biliares, lembrarão de imediato. É que o distúrbio é responsável por boa parte dos atendimentos nos consultórios de doenças digestivas. Pedras na Vesícula são formações duras dentro da vesícula ou nos canais biliares.

Entendendo o sistema biliar

A bile é um líquido amarelo-esverdeado rico em colesterol, pigmentos e bicarbonato, produzido pelo fígado. Sua principal função é auxiliar na digestão das gorduras da alimentação.

Após a sua produção, a bile é escoada pelos ductos hepáticos até o ducto biliar. A bile no ducto biliar comum se junta com as substâncias produzidas no pâncreas (suco pancreático) e são despejadas no duodeno, a primeira parte do intestino delgado, logo na saída do estômago.

Como a bile e suco pancreático são utilizados na digestão dos alimentos, não há necessidade de liberar estes dois para o duodeno quando não há comida. Por isso, enquanto estamos de estômago vazio, a saída da via biliar fica fechada pelo esfíncter de oddi e toda a bile produzida é armazenada na vesícula biliar. Quando comemos, a vesícula começa a se contrair e libera a bile para digerir os alimentos que estão chegando no duodeno.





A vesícula biliar portanto, é um mero armazenador da bile produzida pelo fígado. Sua capacidade é de mais ou menos 50 ml. Para que consiga armazenar uma quantidade maior, a bile na vesícula começa a perder água e vai ficando cada vez mais concentrada e potente. Quando finalmente liberada para o duodeno, a bile da vesícula é muito mais espessa e forte do que a que foi originalmente produzida no fígado.

A pedras surgem quando a ocorre um desequilíbrio entre a quantidade de água e das substâncias presentes na bile, favorecendo a solidificação da mesma. Pode ocorrer por falta de água ou excesso de alguns dos componentes, particularmente colesterol e pigmentos.
Os principais fatores de risco são:


  • Idade: incomum em pessoas jovens, o risco de se desenvolver colelitíase (cálculo na vesícula) é 4 vezes maior a partir dos 40 anos de idade.
  • Sexo: A pedra na vesícula é 3 vezes mais comuns em mulheres do que em homens. A partir dos 60 anos essa diferença cai bastante, pela também queda dos níveis de estrogênio.
  • Gravidez: pelo excesso de estrogênio durante a gestação
  • Reposição hormonal: também pelo estrogênio
  • Obesidade: é o principal fator em jovens, principalmente do sexo feminino
  • História familiar positiva: parentes de 1º grau com história de pedras na vesícula aumenta em 2x o risco.
  • Rápida perda de peso: grandes perdas de peso em pouco tempo ou dietas com muito baixa caloria também são fatores de risco
  • Diabetes
  • Cirrose
  • Jejum prolongado: quanto maior o tempo da bile na vesícula, mais desidratada ela fica e maior o risco de formação de pedras
  • Drogas: Ceftriaxona, anticoncepcionais, fibratos
  • Sedentarismo
  • Doença de Crohn
  • Anemia falciforme

Na verdade, a maioria das pessoas com cálculo não apresentam sintoma nenhum. As pedrinhas ficam lá dentro da vesícula quietinhas sem causar nenhum problema. Às vezes são tão pequenas que saem junto da bile e acabam nas fezes.

Os problemas começam quando a pedra é maior que a saída da vesícula ou do que os ductos biliares. Imaginem uma pedra que ficou presa bem na saída da vesícula biliar, impedindo a drenagem da bile. O paciente come, o alimento chega a estômago e depois ao duodeno enviando sinais a vesícula para que ela se contraia e traga a bile para a digestão. A se contrair com sua saída obstruída pela pedra, a pressão dentro da mesma aumenta muito e causa uma intensa dor.

Esta é a cólica biliar, uma intensa dor no lado direito do abdomen, abaixo das costelas, que ocorre após uma alimentação. Quanto mais rico em gordura for o alimento, maior o estímulo para contração da vesícula, e consequentemente, maior a cólica. A dor em geral ocorre 1 hora após a refeição, momento em que o alimento começa a chegar ao duodeno. Depois que o alimento todo passa, a vesicula relaxa e a dor desaparece. Em alguns casos a vesícula apresenta múltiplos cálculos como na foto que abre o texto. Quanto maior o número de pedras, maior a chance de ocorrerem sintomas.

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