quarta-feira, 29 de setembro de 2010

FOI TRISTE!!!

Maior acidente aéreo da história de Sena Madureira completa 39 anos

Imagem do local do acidente na época do acontecido, com populares em meio aos destroços da aeronave (Foto: Arquivo Agência ContilNet)

Moradores da Boca do Caeté ajudaram a construir uma cruz e um altar, onde fazem orações aos mortos no acidente aéreo


Muitas peças do avião ainda estão no local do acidente

Muitas peças do avião ainda estão no local do acidente

Por Edinaldo Gomes, da Agência ContilNet - Foi no dia 28 de setembro de 1971 que Sena Madureira registrou o maior acidente aéreo de sua história. Minutos após ter feito a decolagem, o avião DC3, da empresa Cruzeiro do Sul, que viajava com destino a Rio Branco, apresentou problemas no motor, bateu em uma árvore e caiu em um matagal na comunidade Boca do Caeté.
Aquele dia fatídico deixou saldo de 33 mortos entre passageiros e tripulação. Ao cair no solo, o avião explodiu não deixando nenhum sobrevivente. Todos morreram carbonizados.

Entre as vítimas estava o Bispo Dom Giocondo Maria Grotti, que a época chefiava a Diocese da Igreja católica no Acre. O religioso, que era italiano, estava no Acre em substituição ao Bispo Fontenele de Castro, e havia feito uma visita a Sena Madureira.

Nesta terça-feira, 28, se completam 39 anos da tragédia. No local do episódio algumas peças do avião ainda podem ser encontradas, como o motor e outros artefatos. Também foi criada a capela Dom Giocondo, em homenagem ao Bispo.

Em 1971, muitos moradores de Sena Madureira sequer eram nascidos. Por isso, nos dias atuais, professores da escola Anjo da Guarda, que fica na comunidade Boca do Caeté, procuram realizar trabalhos com os alunos, detalhando o triste acontecimento.

A professora Humbelina da Conceição Bezerra, que leciona na referida unidade de ensino, tinha 12 anos de idade na época da tragédia.

– Me lembro que, após a queda do avião, corri em direção ao local, mas não era possível aproximação porque a fumaçã era muito forte – comentou.

Sobre a morte do Bispo, até hoje ela se emociona ao relembrar o ocorrido. – Foi ele quem fez minha primeira comunhão e crisma. Uma perda irreparável. Lamentamos também por todas as pessoas – finalizou.

Mesmo depois de passados 39 anos, a tragédia é lembrada com frequência pela população. Segundo informações, muitos dos passageiros tinham vindo a Sena Madureira pela BR-364, ou seja, via terrestre, mas resolveram retornar de avião por conta da época chuvosa, que tornava ruim a trafegabilidade no trecho.

O maior acidente aéreo do município aconteceu três dias após Sena Madureira ter completado 74 anos de fundação.

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