DIABETES: O QUE É, TIPOS DE DIABETES E COMO PREVENIR
TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE DOENÇA CAUSADA PELA PRODUÇÃO
INSUFICIENTE OU MÁ ABSORÇÃO DE INSULINA
Diabetes é
mais um dos males crônicos que, quando não diagnosticados e tratados
corretamente, deixam o caminho livre para complicações severas. A última edição
do Atlas da Diabetes (2019/2020), publicação da Federação Internacional de
Diabetes (IDF), estima que quase 8% da população viva com a enfermidade hoje no
Brasil – e é muita gente, mais de 16,8 milhões de adultos dos 20 aos 79 anos.
Silenciosa, a doença só costuma dar as caras apresentando sintomas depois de
bons anos de sedentarismo e alimentação desregrada. É possível que você ou
alguém próximo tenha diabetes e nem imagine. A seguir, vamos explicar
o porquê.
O que é diabetes?
A
chamada Diabetes Mellitus surge quando há alguma disfunção na
produção de insulina, um hormônio com origem no pâncreas que é essencial para a
produção de energia. “A insulina é, basicamente, a chave que abre a célula para
a glicose entrar e virar energia”, explica o médico Josivan Gomes de Lima,
membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. A grosso modo,
então, esse hormônio ajuda o açúcar a penetrar nas células para que o organismo
continue funcionando.
Na analogia,
o indivíduo com diabetes não tem essa chave. Ou até possui, mas ela
não abre a célula. “A doença é caracterizada pelo o aumento de glicose em
circulação no sangue decorrente da insuficiência ou da má absorção da
insulina”, explica o especialista.
Tipos de diabetes
Diabetes não
é tudo igual, já que o desarranjo pode ter relação com a produção ineficiente
ou com o mau uso de insulina pelo corpo. Por isso, os médicos classificam as
variações de manifestação em tipos: diabetes 1, diabetes 2, pré-diabetes e
diabetes gestacional.
Diabetes tipo 1
Ocorre, geralmente,
em crianças e adultos jovens. O diabetes tipo 1 surge devido a uma
reação autoimune: o sistema imunológico passa a identificar e atacar as células
produtoras de insulina do pâncreas. Como resultado, o corpo produz pouca ou
nenhuma insulina.
Não se sabe
ao certo o motivo do desenvolvimento da doença, mas Federação
Internacional de Diabetes atribui a ocorrência desse tipo de diabetes a
uma combinação de condições genéticas e ambientais.
Entre os
sintomas mais comuns, estão: sede anormal e boca seca, perda de peso repentina,
vontade de fazer xixi a todo instante, falta de energia, cansaço, fome
constante e visão embaçada. O tratamento requer injeções de insulina diárias e
monitoramento dos níveis de açúcar no sangue.
Diabetes tipo 2
Esse é o
tipo mais comum: o pâncreas até produz a insulina, mas o corpo não responde a
ela – é a chamada resistência à insulina. Uma vez que o hormônio não funciona
adequadamente, os níveis de glicose no sangue continuam altos, provocando a
liberação de mais insulina.
O diabetes
tipo 2 está diretamente relacionado a histórico familiar, excesso de peso,
má alimentação, sedentarismo e pressão alta. Embora seja mais
frequente em adultos, a diabetes tipo 2 também atinge crianças e
adolescentes, uma consequência direta da crescente onda de obesidade infantil.
Pessoas
com diabetes tipo 2, geralmente, têm bastante sede e vontade de urinar.
Além de cansaço, cicatrização lenta, infecções recorrentes na pele e dormência
nas mãos e nos pés. Controlar a doença, segundo os especialistas, é uma questão
de mudança de estilo de vida – manter um cardápio saudável, praticar atividade física
regularmente, cuidar do peso e não fumar.
Pré-diabetes
Acontece
quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas
ainda é possível reverter a situação, prevenindo a evolução da doença e o
aparecimento de complicações.
Gestacional
Diabetes
gestacional é o tipo temporário da doença que pode acontecer durante a
gravidez, trazendo risco de complicações não só durante a gestação, como no
parto. As taxas de açúcar no sangue da mãe ficam acima do considerado ideal,
mas ainda abaixo do valor para ser classificada como diabetes tipo 2.
Riscos e agravantes do diabetes
Glicose
correndo solta e em abundância pelo corpo (conhecida como hiperglicemia) é algo
bastante perigoso, assim como o oposto – não ter açúcar disponível para as
células (a hipoglicemia). Quem tem diabetes e não o controla
esses fatores está sujeito a essas condições, ambas potencialmente
fatais.
Além disso,
o risco aumentado de doenças cardíacas também pede atenção, sobretudo em
pessoas com diabetes tipo 2. “A gordura que se acumula na região do
abdômen de pessoas com excesso de peso [fator de risco para diabetes tipo 2]
produz substâncias que fazem com que as células fiquem resistentes à ação da
insulina, aumentando a pressão, o colesterol e facilitando a formação de
trombos [coágulos de sangue de podem obstruir a veia]. Todo esse quadro termina
predispondo o paciente à doença cardiovascular”, alerta Josivan Gomes de Lima.
Então, como prevenir a doença?
Atualmente,
não existe intervenção eficaz e segura para prevenir o diabetes tipo 1. Na
verdade, os gatilhos para o desenvolvimento dessa doença autoimune ainda não
são amplamente conhecidos pela medicina. No entanto, o diabetes tipo 2 e
o pré-diabetes estão relacionados ao estilo de vida. Por isso,
manter-se no peso ideal é a melhor maneira de evitá-los. Para não desenvolver a
doença na gravidez, estabelecer uma dieta equilibrada e realizar exames de
pré-natal é de extrema importância. Fonte:
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