O ACIDENTE COM AVIÃO DA CRUZEIRO
O MAIOR ACIDENTE AÉREO DO MUNICÍPIO ACONTECEU TRÊS DIAS APÓS SENA
MADUREIRA TER COMPLETADO 67 ANOS DE FUNDAÇÃO
Foi no dia
28 de setembro de 1971 que Sena Madureira registrou o maior acidente aéreo de
sua história. Minutos após ter feito a decolagem, o avião DC3, da empresa
Cruzeiro do Sul, que viajava com destino a Rio Branco, apresentou problemas no
motor, bateu em uma árvore e caiu em um matagal na comunidade Boca do Caeté.
Aquele dia
fatídico deixou saldo de 33 mortos entre passageiros e tripulação. Ao cair no
solo, o avião explodiu não deixando nenhum sobrevivente. Todos morreram
carbonizados.
Bispo Dom
Giocondo Maria Grotti, que a época chefiava a Diocese da Igreja Católica no
Acre
Entre as
vítimas estava o Bispo Dom Giocondo Maria Grotti, que a época chefiava a
Diocese da Igreja católica no Acre. O religioso, que era italiano, estava no
Acre em substituição ao Bispo Fontenele de Castro, e havia feito uma visita a
Sena Madureira.
Completados
50 anos da tragédia. No local do episódio algumas peças do avião ainda podem
ser encontradas, como o motor e outros artefatos. Também foi criada a capela
Dom Giocondo, em homenagem ao Bispo.
Em 1971, muitos moradores de Sena Madureira sequer eram nascidos. Por isso, nos dias atuais, professores da escola Anjo da Guarda, que fica na comunidade Boca do Caeté, procuram realizar trabalhos com os alunos, detalhando o triste acontecimento.
A professora
Humbelina da Conceição Bezerra, que leciona na referida unidade de ensino,
tinha 12 anos de idade na época da tragédia.
– Me lembro que, após a queda do avião, corri
em direção ao local, mas não era possível aproximação porque a fumaça era muito
forte – comentou.
Sobre a
morte do Bispo, até hoje ela se emociona ao relembrar o ocorrido. – Foi ele quem fez minha primeira comunhão e
crisma. Uma perda irreparável. Lamentamos também por todas as pessoas –
finalizou.
O
funcionário público Antônio Furtado que hoje é presidente do Sindicato dos
Servidores Municipais de Sena Madureira tinha 17 anos quando a tragédia
aconteceu. À nossa reportagem, ele relatou que ia pra escola na companhia do
irmão quando avistaram de longe e correram pra lá.
“Ao chegarmos lá, não deu pra se aproximar
porque o fogo estava com quase dois metros de altura. Me lembro bem que os
corpos foram resgatados de lá e transportados em caixas de madeira. Um dia
antes o Bispo Dom Giocondo tinha ministrado aula pra nossa turma. Foi uma
tristeza pra todos nós”, relembrou.
Mesmo depois
de passados 41 anos, a tragédia é lembrada com frequência pela população.
Segundo informações, muitos dos passageiros tinham vindo a Sena Madureira pela
BR-364, ou seja, via terrestre, mas resolveram retornar de avião por conta da
época chuvosa, que tornava ruim a trafegabilidade no trecho.
O maior
acidente aéreo do município aconteceu três dias após Sena Madureira ter
completado 67 anos de fundação. (Neucimar Taveira)
Há 44 anos,
os acrianos foram surpreendidos com a notícia de um dos maiores acidentes
aéreos já registrados na história do Estado, foi no dia 28 do mês de
setembro de 1971. Pelo rádio, o locutor anunciava que o avião DC-3, pertencente
à empresa Cruzeiro do Sul, havia caído em Sena Madureira minutos após sua
decolagem com destino a Rio Branco, a aeronave apresentou problemas no motor,
bateu em uma árvore e caiu em um matagal na comunidade Boca do Caeté.
A tragédia
deixou 33 mortos dentre eles o italiano Dom Giocondo, então Bispo da
Prelazia do Acre e Purus, Em Rio Branco e demais cidades do Acre, aquele dia
foi de luto, inclusive nas rádios, cuja programação passou a tocar
ininterruptas marchas fúnebres até a noite.
Após 50 anos do acidente que vitimou tarauacaenses ilustres como ex prefeito Tupanir Gaudêncio da Costa, pessoas repercutem em rede social o acidente com depoimentos:
Francisco Aquino disse: “O tempo passa rápido, eu vi tudo de perto, cheguei ao local talvez uma hora depois, muito fogo e cheiro de carne queimada, meu Deus nunca esqueci daquilo. Foi triste esse dia e esse acidente. Eu estive no local, minutos depois que o avião caiu. Senti o cheiro insuportável dos corpos sendo queimados. Vi o desespero de muitos parentes e amigos de perto”.
“Eu na época morava uns 150 metros de distância desse local, onde aconteceu essa tragédia. Tinha 6 anos de idade, mas lembro muito bem como se fosse hoje. Uma tristeza só!” (Socorro Rodrigues)
“ Muita gente viu o avião cair. A gente observou tudo, pois estávamos saindo do colégio quando aconteceu o acidente. Não gosto nem de lembrar!”. (Graça Albuquerque)
“Eu tinha 10 anos de idade, e até hoje guardo na memória todos os detalhes. Quando ele decolou e passou bem pertinho da cozinha de nossa casa, dava pra ver às pessoas da janelinha do avião. Vi quando ele começou a manobrar pra voltar à pista e falei pra mamãe que o avião ia cair. Mamãe respondeu: - “Que conversa é essa menino?” Eu repeti e.... Ouvi o estrondo e a fumaça negra a tomar os céus. Corri pra lá” (Áquila Santos)
“O céu se cobriu de uma nuvem escura e a tristeza na cidade de Sena Madureira era geral. Fui com minha mãe até o local e o cheiro até hoje, me lembro” (Francisca de Oliveira Moura)
Fonte: OESTADOACRE
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