-MEU 7 DE SETEMBRO ESCOLAR-
Flávio Pereira dos Santos
Dia 7 de setembro, este é
o dia perfeito para você refletir, ponderar, lutar, sonhar e
concretizar, e sabe por quê? Porque é o dia que você está vivendo
agora, e essa deve ser sempre a sua prioridade, na sua caminhada, sonhando, vivendo o dia mais importante da sua
vida.
Lembro-me bem. O dia 7 de setembro na
escola iniciava bem antes das festividades dos desfiles que sempre foi o que
mais gostei de fazer, além de participar da fanfarra, claro. Passávamos meses
fazendo ensaios no pátio da escola ou pelas ruas do bairro da praia, às vezes
íamos pelo centro. Para participar da fanfarra da escola, era preciso ser
comportado e tirar boas notas. Entrei meio que pela porta de trás, pois faltou
um componente e fui chamado às pressas. Nunca mais sai. Era um misto de emoção,
prazer e vergonha desfilar pelas ruas do bairro Senador Pompeu.
Passávamos a noite sem dormir às vésperas
do desfile. Tínhamos que acordar cedo, tomar banho vestir e calçar o fardamento
branco (Quase sempre emprestado de um amigo) e irmos para a escola tomar o “leite
de burro” com bolacha Papaguara. Adorava aquela espuma que ficava na panela
sempre conduzida pelas mãos habilidosas de Dona Dagmar, Delzuite, Maria
Bernaldo ou Fátima.
Era uma correria quando estávamos na
sala e chegava o aviso: Todos em fila!!! Corríamos felizes, apreensivos e
felizes da vida. Antes de sair, ainda dávamos uma ensaiada para finar as
baterias e demais instrumentos da banda. Tínhamos que deixar tudo limpinho com álcool
para brilhar debaixo de um sol escaldante. A concentração dava volta no quarteirão.
Íamos para a rua do comércio (frente aos Correios), aguarda nossa vez. Erra um
orgulho participar da fanfarra escolar da escola Rosaura Mourão da Rocha. Pra
mim, muito mais. Hoje, fico pensando o quanto foi maravilhoso estudar nesta
escola. Tive o prazer e me orgulho de ter trabalhado, enquanto criança,
quebrando concreto na para construção das paredes da escola que mais tarde voltaria
à estudar. Não foi fácil, estudei, passei de ano, me formei e voltei como
professor daquele âmbito educacional. Apliquei algumas palestras, cursos e
formações escolares. Fomos muito felizes.
O “Mano Mezer” estava com o apito e
sempre dizia: Atenção!!! Ao meu apito!!! Começava uma batida, uma alegria,
diversão, entretenimento. Em 1997, já tinha encerrado o Ensino Médio, mas fomos
convidados para passar a fanfarra do João Ribeiro, e após havíamos sido convidado
pelo então prefeito Esperidião Menezes Júnior para fazer uma apresentação no
município de Jordão. Foi se apresentar em Tarauacá e partir quatro dias, rumo
ao pequeno povoado recém fundado. Fomos a primeira fanfarra a se apresentar
naquele lugar.
Ainda hoje, lembro do quanto fomos
felizes. Ma cidade de Tarauacá, não tinha quem não esperasse o dia 7 de
setembro chegar. Todos iam ver as belezas de fantasias das escolas que se
apresentavam.
Ainda lembro do último desfile com
amigos: Vanilson Mezer, Lenisvaldo, Neto Gaudêncio e outros. Era diferente
olhar as pessoas quando desfilávamos. Elas estavam aglomeradas à beira das
ruas, nas varandas das casas, sacada da prefeitura e teatro. A vontade quando terminávamos,
era de começar tudo de novo e receber novos aplausos da platéia presente.
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