SEQUELAS DE DIABETE SÃO CONTIDAS POR TERAPIA COM CÉLULAS-TRONCO E
QUIMIO
CIENTISTAS DA USP DESENVOLVERAM UM TRATAMENTO DE DIABETES TIPO 1
SEM INSULINA QUE REDUZ A ZERO COMPLICAÇÕES COMO CEGUEIRA, INSUFICIÊNCIA RENAL E
AMPUTAÇÃO
São Paulo – Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) que desenvolveram
uma terapia pioneira para tratar diabete tipo 1 sem
insulina demonstraram agora que a técnica também impede sequelas graves da
doença por um tempo ainda indeterminado. O método combina quimioterapia e o
transplante de células-tronco e já era conhecido mundialmente por ter livrado
grande parte dos pacientes das injeções por mais de dez anos – um feito sem
precedentes.
No novo
estudo, os pesquisadores dizem que o tratamento também reduziu a zero
complicações como cegueira, insuficiência renal e amputação. O diabete tipo 1 é
uma doença autoimune que leva o sistema imunológico a atacar o pâncreas do
paciente, destruindo as células beta, que produzem insulina – hormônio
responsável pelo controle do glicose – um tipo de açúcar – no sangue.
O novo
estudo, coordenado pelo endocrinologista Carlos Barra Couri, pesquisador da
Unidade de Terapia Celular do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, foi
publicado na revista científica internacional Frontiers. “Com esse tratamento, conseguimos suspender a insulina de pessoas com
diabete tipo 1, algo que ninguém imaginava ser possível. Mas ainda não havia
sido feita uma comparação da evolução dos nossos pacientes com um grande número
de diabéticos que fazem o tratamento convencional. Foi esse o objetivo do novo
estudo.”
Para isso,
recorreu-se ao Brazdiab1, um grande banco de dados nacional que reúne
informações detalhadas de mais de 5 mil pacientes brasileiros de diabete tipo 1
que recebem o tratamento convencional com injeções de insulina. Esses dados
foram comparados aos dos pacientes realizaram o transplante de células-tronco
na USP entre 2003 e 2011. Dos 25 pacientes tratados com células-tronco entre
2003 e 2011, 21 pararam de usar insulina por um período que variou de 6 meses a
11 anos. Dois deles permanecem até hoje sem precisar das injeções. FONTE:
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