A REVOLUÇÃO ACREANA FOI A DISPUTA PELO TERRITÓRIO DO QUE HOJE É O ACRE ENTRE BRASIL, BOLÍVIA E PERU
Os
bolivianos que ocupavam a região foram expulsos e o governador do
Amazonas, Ramalho Júnior, organizou uma invasão do território liderada
pelo espanhol Luiz Gálvez Rodríguez de Arias. A expedição de Gálvez
declarou o Acre como uma República independente em 1899. Mas o Brasil
reconhecia o Acre como território boliviano, enviou então uma tropa para
dissolver a Revolução Acreana.
Brasileiros
e bolivianos, contudo, continuaram em guerra pela região. O avanço militar dos
bolivianos fez com que a segunda República Acreana fosse dissolvida. Passara-se
apenas um mês de sua declaração.
Os
bolivianos mais uma vez tentaram reagir, novas tropas foram enviadas pelo
general Pando. Todavia, a diplomacia brasileira não permitiu que combates
significativos acontecessem nesta ocasião. Antes das batalhas, representantes
dos governos do Brasil e da Bolívia se reuniram para assinar no dia 21 de março
de 1903 um tratado de paz inicial. Ao final do mesmo ano, em 17 de novembro, o
tratado definitivo foi assinado.
No ano de
1904 o Tratado de Petrópolis foi regulamentado por lei federal e o Acre passou
a fazer parte oficialmente do território brasileiro, mas somente em 1962 que o
Acre foi considerado estado brasileiro. FONTE:
No final do
século XIX, a região que hoje conhecemos como estado do Acre passou por
momentos de muita instabilidade. Três países tinham interesse no território:
Brasil, Bolívia e Peru. O embate entre os três passou para o campo de batalha e
gerou um conflito que durou aproximadamente quatro anos.
A Bolívia
decidiu reagir, organizou também uma expedição militar para conquistar o
território. Foram, no entanto, os seringueiros que trabalhavam no local que
impediram o avanço dos bolivianos. Para completar, o governador Silvério
Néri, do Amazonas, enviou outra expedição de defesa que declarou pela segunda
vez o Acre como uma República independente, em 1900. Rodrigo
Carvalho assumiu o cargo de presidente.
Já em 1902,
Silvério Néri enviou um militar gaúcho, José Plácido de Castro, para
reconquistar o território do Acre. A investida das tropas lideradas pelo gaúcho
caracteriza especialmente a chamada Revolução Acreana. A nova expedição
obteve grande sucesso e conquistou rapidamente toda a região. Em 1903 foi
declarada pela terceira vez a República do Acre, mas dessa vez dois importantes
indivíduos declararam apoio à independência, o presidente Rodrigues Alves e o
Ministro do Exterior Barão do Rio Branco. O Acre foi ocupado então por um
governo militar sob comando do general Olímpio da Silveira.
O Tratado de
Petrópolis estabeleceu o fim do confronto entre brasileiros e bolivianos
pelo território do Acre. A negociação de paz foi muito bem conduzida pelo
ministro Barão do Rio Branco e resultou na concessão, por parte da Bolívia, da
região acreana. Em troca, o Brasil cedeu parcela do território do Mato Grosso e
ainda pagou dois milhões de libras esterlinas. A Bolívia ainda requisitou a
construção da ferrovia
Madeira-Mamoré para permitir o escoamento da produção, especialmente
marcada pela borracha.
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