sábado, 9 de dezembro de 2017

CORAÇÃO TEM RAZÃO!!! TEM SIM:

"RAZÕES DO CORAÇÃO"


A razão quer falar, o coração quer escutar;
A razão quer mandar, o coração quer partilhar;
A razão quer definir, o coração quer sentir;
A razão quer calcular, o coração quer arriscar;
A razão quer determinar o futuro, o coração quer gozar o presente;
A razão quer regras, o coração quer espontaneidade;
A razão quer medir as palavras, o coração expressa-as sem medo;
A razão quer manipular, o coração quer apenas se expressar sem jogar;
Enfim, o que determina meu amor por alguém? A razão quer determinar características específicas: altura, peso, cor dos olhos, tipo físico etc... mas o coração ignora a razão porque, como diz Saint Exupery, " o essencial é invisível aos olhos" e é por isso que O CORAÇÃO realmente TEM RAZÕES QUE A PRÓPRIA RAZÃO DESCONHECE, como dizia Blaise Pascal... (André Carlos Massolini).

A frase do escritor francês Blaise Pascal, "O coração tem razões que a própria razão desconhece", nos obriga a pensar quais são estas razões proclamadas pelo coração.

Ao falar sobre o coração, Pascal não se refere exatamente aos sentimentos, mas a um tipo de inteligência, de conhecimento que a própria razão não pode compreender nem justificar.

De acordo com Martinho Carlos Rost, no Módulo 15, Unidade 2, do Curso de Filosofia em Pausa para Filosofia, e baseado no livro Convite à Filosofia, p.70 (Marilena Chauí), nesta frase as palavras “razões” e “razão” não têm o mesmo significado. Elas indicam coisas distintas. “Razões” são os motivos do coração, são as paixões e as emoções, enquanto “razão” é o nome que damos à consciência intelectual e moral. Ao dizer que o coração tem as suas próprias razões ele afirma que as emoções, os sentimentos ou as paixões são as causas de muito do que fazemos, dizemos, queremos e pensamos. E ao dizer que a razão desconhece as razões do coração, ele afirma que a consciência intelectual e moral possuem seus motivos ou suas próprias razões diferentes das paixões e dos sentimentos.

Assim sendo, a frase de Pascal, segundo Martinho Carlos Rost, pode ser traduzida da seguinte maneira: Nossa vida emocional possui causas e motivos que são as paixões ou os sentimentos, e é diferente de nossa atividade consciente, seja como atividade intelectual ou moral. Coração e razão são diferentes. A razão, enquanto consciência moral é a vontade que não se deixa dominar pelos impulsos do coração. Se alguém “perde a razão” é porque está sendo dominado pelas “razões do coração”. E se alguém “recupera a razão” é porque o conhecimento intelectual e a consciência moral se tornaram mais fortes que as paixões. FONTE: 

Por: Copyright© 2017 @Kbym

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