ACRE: PRESOS EM
REGIME SEMIABERTO FAZEM MANIFESTAÇÃO PEDINDO SEGURANÇA
Em Rio
Branco, até os presos estão com medo da onda de violência que vem sacudindo a
cidade desde o início do Acre. Na manhã desta sexta-feira (7), cerca de 100
presos do regime semiaberto fizeram uma manifestação em frente à Cidade da
Justiça. Eles protestavam e pediam segurança, principalmente na saída da
unidade de regime semiaberto, local onde alguns presos foram executados ao sair
pela manhã.
Os apenados
pediam serem recebidos pela juíza da Vara de Execuções Penais, Luana Campos,
para reivindicar segurança. Na manhã da última quinta-feira, na saída da
Unidade Prisional (UP-O4), José Henrique, de 24 anos, presidiário em regime
semiaberto foi assassinado e um outro preso foi ferido a tiros por criminosos
que estavam em um táxi no momento em que os presos saiam para trabalhar.
Após
perseguição policial e troca de tiros com os suspeitos, um dos envolvidos
morreu e outros dois foram presos pelo crime. Por conta disso na noite do mesmo
dia, cerca de 240 presos não retornaram à unidade para o pernoite, com medo de
invasão ou outras tentativas de homicídio. Esta é a segunda falta em duas
semanas. Os presos justificam com a falta de segurança na unidade de regime
semiaberto da capital.
Os presos
que estiveram na manifestação hoje, exigiam serem recebidos pela juíza Luana
Campos, para pedir segurança na unidade e a liberação de tornozeleiras
eletrônicas. “Falta apenas um ano para que eu cumpra toda a minha pena, já
solicitei a tornozeleira, mais de um mês e não tive resposta. Nós queremos
segurança, temos medo de sair e não voltar para casa. Tenho filho para criar
ainda, nós só estamos exigindo os nossos direitos”, disse um dos presos.
Em conversa
de jornalistas com Luana Campos, a juíza informou que desde a última reunião
que teve com os gestores da segurança pública, ocorrida na semana passada,
policiais militares estão fazendo a segurança da Unidade na entrada e na saída
dos presidiários e que a tornozeleira é dada somente se cumprirem os
requisitos.
“Nós estamos
mantendo a nossa palavra de colocar segurança na entrada e na saída desses
reeducandos. Policiais estão lá cumprindo seu papel de fazer a segurança, mas,
quanto a tornozeleira é preciso que seja solicitada pelo preso e assim nos
fazemos uma análise se o solicitante cumpre os requisitos para ganhar o
benefício. Nós entendemos que essa problemática esta sendo causada por eles
mesmo, assim que se integram em uma facção criminosa é a falta deles no
pernoite, acarreta falta grave e correm o risco de retornarem ao regime
fechado. Nós vamos observar o comportamento deles esta noite, se faltarem,
estaremos solicitando a regressão ao regime fechado”, disse a juíza. FONTE:
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