MINISTRO
DO STF MANDA SOLTAR ACUSADO DE MATAR A FILHA EM SP
Ricardo Najjar
foi preso há mais de um ano suspeito de ter matado a filha, de 4 anos,
asfixiada; Marco Aurélio entendeu que prisão temporária excedeu prazo e
antecipa condenação.
O Ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou
soltar o autônomo Ricardo Krause Esteves Najjar, de 24 anos, preso em dezembro
do ano passado por suspeita de matar a filha, de 4, dentro de seu apartamento
em São Paulo.
A menina foi encontrada morta com indícios de que tenha
sido asfixiada. A defesa de Najjar diz que, após ter tomado banho, ele foi até
o quarto e viu a filha caída no chão, com um saco plástico na cabeça.
Ao acolher o pedido de liberdade, o ministro Marco Aurélio considerou haver
“excesso de prazo” na prisão temporária – decretada antes da condenação para
preservar as investigações ou evitar novos crimes.
“Inexiste, no arcabouço normativo, a constrição
automática tendo em conta o crime possivelmente cometido, levando à inversão da
ordem processual, que direciona, presente o princípio da não culpabilidade, a
apurar-se para, selada a culpa, prender-se, em verdadeira execução de pena”,
escreveu o ministro.
No habeas corpus, a defesa alegou que a ordem de prisão
era “vaga e genérica” e que não havia risco de novos crimes ou de prejuízo às
investigações.
Em seu apartamento, moravam com Najjar sua namorada
e a irmã dela. Ele alega ser inocente, dizendo que a morte dela foi acidental -
ele afirma que a menina poderia ter se sufocado sozinha.
De acordo com sua defesa, Najjar e o Samu, que foi ao
apartamento, não conseguiram reanimar Sophia.
A polícia apura se alguém matou Sophia. Peritos não
encontraram sinais de arrombamento no local e Ricardo seria a única pessoa a
estar no apartamento com a filha. Outra hipótese investigada é a de que a
criança teria colocado o saco plástico na cabeça e se sufocado sozinha.
Por: vejasp.abril.com.br/
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