domingo, 13 de novembro de 2016

TRISTE FATO: VIOLÊNCIA NO ACRE

FATO: VIOLÊNCIA CRESCE NO INTERIOR DO ACRE JUNTO COM ATAQUES ÀS MULHERES

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Imagem do google.com
A cada nove minutos uma pessoa é assassinada no Brasil. Segundo o Atlas da Violência 2016, divulgado essa semana pelo IPEA. Em 2014 aconteceram 59.627 homicídios no Brasil – o que equivale a uma taxa de homicídios por 100 mil habitantes de 29,1. Este é o maior número de homicídios já registrado e consolida uma mudança no nível desse indicador, que se distancia do patamar de 48 mil a 50 mil homicídios, ocorridos entre 2004 e 2007, e dos 50 a 53 mil mortes, registradas entre 2008 a 2011. Em dez anos o índice subiu 1º pontos percentuais.
O Brasil é o país com o maior número absoluto de homicídios, registrando 10% de todas as ocorrências no mundo.
Além de outras consequências, tal tragédia traz implicações na saúde, na dinâmica demográfica e, por conseguinte, no processo de desenvolvimento econômico e social, uma vez que 46,4% dos óbitos de homens na faixa etária de 15 a 29 anos são ocasionados por homicídios. Se considerarmos apenas os homens com idade entre 15 a 19 anos, esse indicador tem a incrível marca dos 53%.
O Acre tem números bons e maus na avaliação do IPEA por estado e microrregiões. Duas das regiões que apresentaram maior aumento de homicídios estão no estado.

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Como se pode comprovar no quadro, Tarauacá foi a quinta região com maior aumento de homicídios, com aumento de 739,35% em relação á taxa de 2014, já equalizada segundo critérios estatísticos precisos. Em 2014, a taxa foi de 22 mortes por 100 mil habitantes.
Cruzeiro do Sul é outro município em que houve crescimento acentuado entre 2004 e 2014. A região registrou um aumento percentual de 440,76%, ficando em 14º lugar no país. A taxa de mortes por cada 100 mil habitantes é de 17,3%. Isso não significa que essas sejam regiões especificamente violentas, mas que tiveram crescimento acentuado nos últimos anos. O Acre não tem nenhuma cidade entre as 20 mais violentas do país. Que se concentram na região Nordeste e na Amazônia Oriental.
Outra má notícia é que o Acre se encontra entre os 18 estados apresentaram taxa de mortalidade por homicídio de mulheres acima da média nacional (4,6). Com a taxa de 5,4 por 100 mil, o estado está na companhia de Amapá (4,8), Bahia (4,8), Pernambuco (4,9), Paraná (5,1), Rio de Janeiro (5,3), Paraíba (5,7), Rio Grande do Norte (6,0), Pará (6,1), Ceará (6,3), Mato Grosso do Sul (6,4), Rondônia (6,4), Sergipe (6,5), Mato Grosso (7,0), Espírito Santo (7,1), Alagoas (7,3), Goiás (8,8) e Roraima (9,5). O Acre é o 13º estado onde mais se matam mulheres, embora essa taxa mostre declínio entre os anos de 2013 e 2014, com queda de 25,5%, o que pode mostrar que a tendência está sendo revertida. Confira o quadro:
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Taxas de violência
 Entre 2004 e 2014, a taxa de homicídios no Acre teve crescimento de 65%, bem acima da média nacional de 10%. Mas inferior a outros estados em que foi registrado crescimento de até 209%, como o Maranhão. Entre 2013 e 2014, entretanto, ouve redução de -5,4% o que, entretanto, representa pouco, pois entre 2010 2 2014, a taxa de crescimento a taxa foi de 30,7%.
Anda assim, em números absolutos e proporcionais, o Acre, com a taxa bruta de homicídios de 29,4%, encontra-se pouco acima da média nacional de 29,1% e em 19º lugar entre os estados mais violentos. Confira o quadro.
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Outros dados do Acre que interessas a análise da violência. Em 2014, a taxa de morte de jovens entre 15 e 29 anos assassinados foi de 50 por 100 mil, abaixo da média nacional de 61, mas registrando um aumento de 27,7% nos últimos dez anos, acima da média de 15% em todo o Brasil.. Entre 2013 e 2014 houve redução de -10,9%, contra um aumento de 4% no país.
Em dez anos, cresceu assustadores 94,4% o assassinato de negros no estado, contra uma média nacional de aumento de 18,2%. Da mesma forma, esses números mostram tendência de queda entre 2013 e 2014, com redução de -10,4%.
O número de mortes por arma de fogo também teve uma explosão no estado entre 2004 e 2014, com aumento de 115,8%, quase nove vezes a média brasileira de aumento de 14,1%. No Acre 53% dos homicídios são cometidos por armas de fogo.

Assaltos violentos aumentam e assustam população da capital

Embora não contemplado no estudo do Mapa da Violência, que se concentra em crimes contra a vida, os crimes contra o Patrimônio estariam aumentando de forma intensa na capital e surpreendendo pela audácia e crueldade dos assaltantes. Todos os dias são denunciadas invasões em residências e a nova moda é fazer a família de refém com ameaças e espancamentos. Os bandidos procuram, antes de tudo, joias, dólares, dinheiro em espécie, ouro e cofres. Há suspeitas que as quadrilham monitorem residências em que sabem que há cofres embutidos.
Um empresário representantes de empresa nacional foi amarrado pelos ladrões que invadiram sua casa com a informação de que teria barras e joias de ouro guardadas, o que era mentira. Ele se assustou com a agressividade dos inversores.
Não há estatísticas do número de roubos na capital, mas é evidente a ação do crime organizado, que estaria buscando, com essas invasões, recursos para comprar armas e drogas. Especialistas afirmam que recentes apreensões de grandes quantidades de drogas na capital e nas estradas acreanas podem ter descapitalizado os grupos criminosos, que estariam buscando recursos para retomar o tráfico internacional.
Fonte: www.jornalatribuna.com.br/

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