AS DOENÇAS DO SÉCULO XXI
Câncer, hepatite,
estresse, depressão e obesidade. Essas e outras doenças já são consideradas
como as pragas do século XXI. Hoje, Dia Mundial da Saúde, médicos e
especialistas do mundo inteiro discutem formas de combatê-las e também formas
de fazer com que os seres humanos vivam de maneira mais saudável. O tema deste
ano, “Urbanização e Saúde”, reconhece o efeito que a urbanização tem na nossa
saúde, seja coletivamente – com interferências diretas no planeta – ou de modo
individual. A data, comemorada desde 1950, marca também a fundação da
Organização Mundial de Saúde (OMS).
Câncer
Estresse
Depressão
Hepatite
Hipertensão
A
hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para doenças
cardiovasculares. Dessa forma, o controle dessa hipertensão é ponto fundamental
na prevenção primária e secundária dessas doenças. Apesar da redução na
mortalidade das doenças cardiovasculares nas últimas décadas, observada no
Brasil e em outros países, doenças desse tipo ainda persistem como a principal
causa de óbitos em todo o mundo (exceto na Africa subsaariana). Desde o século
passado, a OMS já alertava quanto à doença coronária ser a principal causa de
mortalidade no planeta. No Brasil, as doenças cardiovasculares já foram
responsáveis por um terço dos óbitos com elevada proporção de casos na faixa
dos 45 aos 64 anos.
Considerado
uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer é a segunda
causa de morte entre as doenças crônicas e mata sete milhões de pessoas a cada
ano no planeta. Calcula-se que, em 15 anos, este número aumentará em 50%.
Conforme a OMS, 75% dos casos de câncer são registrados em países com uma renda
limitada, geralmente insuficiente para os recursos necessários para o combate à
doença. Atualmente, a organização desenvolve uma estratégia mundial para
combatê-la. Esta iniciativa busca diminuir os casos evitáveis por meio da
redução de fatores de risco, como as dietas pouco saudáveis, o consumo de
tabaco ou álcool, o sedentarismo e a exposição a agentes infecciosos.
As
principais causas do estresse, conforme especialistas, são o excesso de
atividades, má distribuição do tempo, acúmulo de raiva e a dificuldade em lidar
com perdas. Na visão clínica, a doença se desenvolve em três fases: a fase de
alerta, a fase de resistência e a fase de exaustão. De acordo com
especialistas, essa deve ser considerada uma doença grave, pois - persistindo a
situação do estresse - é possível surgir uma série de doenças crônicas, como
hipertensão, úlceras, gastrites, fadiga crônica, diabetes e alterações no sono.
O tratamento é feito através de avaliações psicológicas e físicas do paciente.
É possível o desenvolvimento de atividades físicas relaxantes, como o Yoga,
tido como a ciência do autoconhecimento.
Um
dos males do Século XXI, a depressão se associa, muitas vezes, com a síndrome
do pânico. Embora não exista um estudo exato, a estimativa é a de que 30% da
população mundial sofram da doença, ainda que sem saber. Quimicamente, a
depressão é causada por um defeito nos neurotransmissores responsáveis pela
produção de hormônios como a serotonina e endorfina, que nos dão a sensação de
conforto, prazer e bem-estar. Quando há algum problema nesses
neurotransmissores, a pessoa começa a apresentar sintomas como desânimo,
tristeza, autoflagelação, perda do interesse sexual, falta de energia para
atividades simples. Segundo especialistas, uma em cada cinco pessoas
experimentará pelo menos um episódio depressivo durante a vida.
Com
evolução silenciosa, a hepatite é uma das doenças entre as consideradas como
epidemia do Século XXI. As formas mais graves da doença são as hepatites B e C,
sendo a principal causa de cirrose e de câncer de fígado, que mata cerca de 5
mil brasileiros por ano. A hepatite B é transmitida através do sexo sem
proteção ou pelo compartilhamento de seringas, comum entre os usuários de
drogas. Atualmente, pessoas com até 19 anos podem se vacinar contra a doença.
Já a hepatite C é transmitida pela transfusão de derivados do sangue, por
transplantes, acidente percutâneo, ou qualquer procedimento invasivo. A
estimativa da OMS é que 3% da população mundial tenham esse tipo de hepatite.
Ela mata quatro vezes mais que a AIDS.
Obesidade
A
obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo exagerado acúmulo de gordura
no organismo, o que compromete a saúde. Recentemente, a OMS classificou-a como
doença e colocou o seu combate como objetivo prioritário. A obesidade afeta
milhões de pessoas em todo o mundo, inclusive crianças, e, embora não seja
nova, ela assume agora proporções epidêmicas. A situação preocupa, pois muitas
doenças estão associadas à obesidade, tendo as pessoas que sofrem desse mal uma
redução significativa em qualidade de vida. Sendo uma doença crônica
multifatorial, a obesidade requer tratamento médico especializado.
LER – Lesão por Esforço
Repetitivo
Lenta e silenciosa, a LER
é uma lesão causada pelo desempenho de algum tipo de atividade repetitiva e
continua. Digitação, tocar instrumentos musicais e dirigir são alguns dos
exemplos de atividades que podem desencadear a doença. Em muitos casos, a LER é
relacionada ao trabalho e já representa 70% das doenças profissionais
registradas no Brasil. Alguns fatores aumentam os riscos da ocorrência de LER
no indivíduo, como a postura incorreta e a sobrecarga de peso. São
recomendados, como formas de prevenção, a adoção de postura adequada durante o
trabalho e o respeito ao limite do corpo.
Fonte: www.tribunadabahia.com.br/
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