PAIS PRECISAM ESTAR ATENTOS
AOS PERIGOS DENTRO DE CASA
Um segundo de distração. É o que basta para uma criança se
envolver em um acidente doméstico. Estar em casa remete a um ambiente seguro,
mas o também lar possui uma série de riscos para criança. Tudo pode até não
passar de um susto, mas há muitos casos em que as crianças sofrem sequelas para
o resto da vida ou podem morrer. O assunto não é brincadeira. Prevenção é a
melhor saída para evitar os acidentes domésticos, que incluem quedas,
queimaduras, intoxicações, afogamento e sufocamento, entre outros.
Dados apresentados pela ONG Criança
Segura, especializada em promover a prevenção de acidentes com crianças e
adolescentes, indicam que 4.727 crianças entre zero e 14 anos perderam a vida
em 2011 (último ano com informações disponíveis), sendo que 38% deste total é
referente a acidentes de trânsito. O restante foi causado basicamente por
outros tipos de acidentes que podem acontecer dentro de casa, entre eles,
afogamentos (em piscinas ou em baldes e banheiras, envolvendo principalmente
crianças pequenas neste caso), sufocamento (com brinquedos ou outras peças
engolidas); queimaduras (em fogão ou com produtos químicos), quedas e
intoxicação (medicamentos e produtos de limpeza).
Ainda segundo a ONG, em 2012, as quedas
foram as principais responsáveis por hospitalizações de crianças e adolescentes
até 14 anos, representando 48% do total. Queimaduras, intoxicações, sufocamento
e afogamento foram outros motivos para a internação. “A faixa etária mais
vulnerável é a formada pelas crianças menores, até os quatro anos. Elas não têm
noção do perigo e são muito curiosas”, explica Alessandra Françoia,
coordenadora nacional da Criança Segura.
De acordo com ela, as famílias têm a
falsa sensação de segurança dentro de casa e tendem a relaxar mais nos cuidados
em relação aos passeios na rua. Alessandra cita uma pesquisa – feita com 500
mães de todo o país – que mostrou um dado alarmante: em 90% dos acidentes
domésticos envolvendo crianças, havia um adulto próximo, geralmente a própria
mãe. “O que me chama atenção é que ainda muitos adultos encaram os acidentes
domésticos como fatalidade ou culpam a própria criança. Há ainda a cultura de
que a criança tem que aprender sozinha. Por isso, recomendamos que seja feita a
adequação do ambiente e não que a criança aprenda pela dor”, afirma.
Fonte: http://www.tribunapr.com.br/
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