quinta-feira, 16 de junho de 2016

RECORDAR É VIVER:

15 DE JUNHO

ANIVERSÁRIO DA RÁDIO DIFUSORA DE TARAUACÁ-RDT


“Hoje no meu momento de "Recordar é Viver". 15 de junho comemorávamos o aniversário da Rádio Difusora de Tarauacá. Com eventos, shows, programa especiais. Saudades! Odair José, Wanderlei Andrade, Os Populares do Guarani, Franco Silva, o Circo e os talentos da terra faziam a nossa festa ser mais significativa”. (Francelina Martins-Ex diretora da RDT)



A radiodifusão pública teve início em 1923 com a inauguração da primeira emissora do país, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, criada pelo médico, escritor e antropólogo Edgar Roquette-Pinto. Em seus primórdios, o rádio brasileiro foi organizado basicamente em clubes e sociedades, financiados em grande parte pelos ouvintes e com finalidade educativa. Paulatinamente, a radiodifusão assumiu caráter comercial a partir dos anos 30, impulsionada por dois fatores: a redução do preço com a introdução dos aparelhos de válvula, o que possibilitou a ampliação do público ouvinte, e a mudança na legislação que permitiu, em 1932, a veiculação de publicidade durante a programação.
Alguns estudiosos atribuem o nascimento da radiodifisão educativa de caráter estatal no país quando em 1936 Roquette Pinto doou a primeira emissora brasileira, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, ao Ministério da Educação e Saúde.
Nos anos 40 e 50, a preocupação de Roquette Pinto com a educação incentivou o surgimento de programas específicos em algumas emissoras, como o Universidade no Ar criado em 1941 pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Anos mais tarde, surgiram os cursos básicos do Sistema de Rádio Educativo Nacional (Siren), irradiados de 1957 a 1963.
Nos anos 60, a Igreja Católica criou o Movimento de Educação de Base (MEB), escolas radiofônicas que combinavam alfabetização com conscientização para promover mudanças de atitudes, utilizando para isso animadores populares. Uma experiência, considerada inovadora, que deu um salto de qualidade no sistema educativo através do rádio.
Nos anos 70, o governo federal cria o Projeto Minerva, um programa de 30 minutos de cunho informativo-cultural e educativo, com transmissão obrigatória por todas as emissoras do país. Além da visão tecnicista, o fato de ter a produção de conteudo focada no eixo Sul-Sudeste fez com que o Projeto Minerva não conquistasse a população em todo o país. Na mesma década surgiram várias emissoras de rádio universitárias, muitas delas impulsionadas pela consolidação do sistema de FM no país. Em 1971 entraram em operação a Rádio Cultura FM, da Fundação Padre Anchieta, vinculada ao Governo do Estado de São Paulo, e emissoras ligadas a prefeituras municipais, como a Rádio Libertas, de Poços de Caldas, Minas Gerais (1975), a Rádio Cultura Municipal de Amparo, São Paulo (1978) e a Educadora FM (1978), concessão pertencente ao governo da Bahia.
Com o objetivo de constituir em uma rede de rádios educativas que pudessem realizar programas em co-produção para transmissão em cadeia nacional, emissoras, coordenadas pela Fundação Roquette Pinto, criaram em 1983 o Sinred - Sistema Nacional de Radiodifusão Educativa. A experiencia durou pouco mais de sete anos, sendo extinto no início da década de 90.
Como se pode observar a radiodifusão pública esteve, historicamente, vinculada às políticas nacionais e regionais de educação, seja substituindo as salas de aula, onde não havia escolas suficientes, ou complementando as aulas com conteúdos adicionais, especialmente atuando de forma suplementar no ensino de jovens e adultos.
A partir da década de 80, as emissoras educativas se distanciam dessa vertente educacional para assumirem a produção de programação com enfoque mais cultural e informativa.  
Fonte: facebook.com/francelina.martins

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