15 DE JUNHO
ANIVERSÁRIO
DA RÁDIO DIFUSORA DE TARAUACÁ-RDT
“Hoje no meu momento de
"Recordar é Viver". 15 de junho comemorávamos o aniversário da Rádio
Difusora de Tarauacá. Com eventos, shows, programa especiais. Saudades! Odair
José, Wanderlei Andrade, Os Populares do Guarani, Franco Silva, o Circo e os
talentos da terra faziam a nossa festa ser mais significativa”.
(Francelina Martins-Ex diretora da RDT)
A
radiodifusão pública teve início em 1923 com a inauguração da primeira emissora
do país, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, criada pelo médico, escritor e
antropólogo Edgar Roquette-Pinto. Em seus primórdios, o rádio brasileiro foi
organizado basicamente em clubes e sociedades, financiados em grande parte
pelos ouvintes e com finalidade educativa. Paulatinamente, a radiodifusão
assumiu caráter comercial a partir dos anos 30, impulsionada por dois fatores:
a redução do preço com a introdução dos aparelhos de válvula, o que
possibilitou a ampliação do público ouvinte, e a mudança na legislação que
permitiu, em 1932, a veiculação de publicidade durante a programação.
Alguns
estudiosos atribuem o nascimento da radiodifisão educativa de caráter estatal
no país quando em 1936 Roquette Pinto doou a primeira emissora brasileira, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, ao Ministério da Educação e Saúde.
Nos
anos 40 e 50, a preocupação de Roquette Pinto com a educação incentivou o
surgimento de programas específicos em algumas emissoras, como o Universidade
no Ar criado em 1941 pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Anos mais tarde,
surgiram os cursos básicos do Sistema de Rádio Educativo Nacional (Siren),
irradiados de 1957 a 1963.
Nos
anos 60, a Igreja Católica criou o Movimento de Educação de Base (MEB), escolas
radiofônicas que combinavam alfabetização com conscientização para promover
mudanças de atitudes, utilizando para isso animadores populares. Uma
experiência, considerada inovadora, que deu um salto de qualidade no sistema
educativo através do rádio.
Nos
anos 70, o governo federal cria o Projeto Minerva, um programa de 30 minutos de
cunho informativo-cultural e educativo, com transmissão obrigatória por todas
as emissoras do país. Além da visão tecnicista, o fato de ter a produção de
conteudo focada no eixo Sul-Sudeste fez com que o Projeto Minerva não
conquistasse a população em todo o país. Na mesma década surgiram várias
emissoras de rádio universitárias, muitas delas impulsionadas pela consolidação
do sistema de FM no país. Em 1971 entraram em operação a Rádio Cultura FM, da
Fundação Padre Anchieta, vinculada ao Governo do Estado de São Paulo, e
emissoras ligadas a prefeituras municipais, como a Rádio Libertas, de Poços de
Caldas, Minas Gerais (1975), a Rádio Cultura Municipal de Amparo, São Paulo
(1978) e a Educadora FM (1978), concessão pertencente ao governo da Bahia.
Com
o objetivo de constituir em uma rede de rádios educativas que pudessem realizar
programas em co-produção para transmissão em cadeia nacional, emissoras,
coordenadas pela Fundação Roquette Pinto, criaram em 1983 o Sinred - Sistema
Nacional de Radiodifusão Educativa. A experiencia durou pouco mais de sete
anos, sendo extinto no início da década de 90.
Como
se pode observar a radiodifusão pública esteve, historicamente, vinculada às
políticas nacionais e regionais de educação, seja substituindo as salas de
aula, onde não havia escolas suficientes, ou complementando as aulas com
conteúdos adicionais, especialmente atuando de forma suplementar no ensino de
jovens e adultos.
A
partir da década de 80, as emissoras educativas se distanciam dessa vertente
educacional para assumirem a produção de programação com enfoque mais cultural
e informativa.
Fonte: facebook.com/francelina.martins
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