UMA HISTÓRIA QUE NÃO SE APAGA
TARAUACÁ
Foto: Isaac Melo
O seringal era
a unidade produtiva e social da economia da borracha. Constituía na posse de
uma imensa área de terra. O seringal se constituía de: um barracão
central, onde residia o patrão seus capatazes e o guarda-livros; o barracão
onde os seringueiros compravam os gêneros de necessidade (alimentos, roupas e
equipamentos), bem como servia de depósito para a borracha recolhida; Na
colocação ficava o tapiri, moradia do seringueiro; as estradas de seringa que
podia ser em números de dez a trinta, possuíam determinados números de
seringueiras geralmente contendo não menos que 50 árvores.
O seringalista
era o patrão, o dono dos meios de produção, dividia seu tempo entre o barracão
do seringal em época de safra e as delícias dos palacetes e bordéis das
cidades. Embora fossem poucos, havia também seringalista remanescente da
classe baixa que enriqueceu explorando a borracha. No seringal comandava
um exército de jagunços e capatazes para, com o uso da força, controlar seus
empregados, evitando fugas e calotes.
Mesmo gozando de certos prestígios, o seringalista
também estava enquadrado no sistema de endividamento da economia gomífera. O
Seringueiro Provinha das camadas mais baixas da população compunha a principal
força de trabalho. Vivia sob um regime de semi-escravidão de barracão, preso
por um sistema de endividamento, do qual, dificilmente conseguia se livrar. Sob
uma dura vida na selva o seringueiro enfrentava a subnutrição, as doenças
letais, o desconforto das barracas miseráveis e a imensa ganância dos coronéis
de barranco, enfim, toda a sorte de opressão, e condenado ao isolamento nos
confins da Selva, definhava no abandono. Pagou a conta final do delírio.
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