NO RIO,
MORADORES ENFRENTAM
ATÉ JACARÉS
PARA CONSEGUIR ÁGUA
Além
da sensação térmica de 42°C, moradores da comunidade do
Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio, sofrem com a falta
d'água e precisam recorrer a uma bica em canal cheio de jacarés.
A cena é dramática: canos emaranhados nas margens do Canal
das Tachas levam água em determinados horários, geralmente na madrugada, e
moradores formam uma enorme fila para encher baldes e garrafas PET. Enquanto
isso, dezenas de jacarés acompanham a situação - a comunidade é bem próxima do
Parque Natural Municipal Chico Mendes, que abriga várias espécies.
A fisioterapeuta Valéria de Mattos, de 39 anos, mora em
frente ao canal. Ela conta que está sem água no apartamento há mais de um mês.
— Quando chega água, é uma guerra. O medo é constante,
porque os jacarés pulam em cima dos canos.Tem gente abrindo poço e vendendo,
mas a água é cara e vem com cheiro ruim, só dá para usar no banheiro mesmo. A
água da bica é limpa e de graça.
Em uma madrugada, Valéria conseguiu encher na madrugada de
ontem 16 garrafas PET e 3 baldes que guardava na cozinha.Pela manhã, os canos
já estavam secos. Coordenadora da ala da comunidade da escola da samba
Mangueira, a fisioterapeuta pensa em alugar uma casa no morro da zona norte,
até que a situação melhore na zona oeste.
— Aqui, isso é ouro. É uma luta por causa de um balde. Lá
pelo menos tem água.
Com vazão de 4 mil litros por segundo, a adutora
Urucuia-Barra tem cerca de 15 km de extensão e diâmetro de até um metro e meio.
"Para realizar o serviço, o sistema será temporariamente interrompido, o
que reduzirá as pressões na rede, podendo gerar flutuação no abastecimento da
região", informou a Cedae.
Por: http://noticias.r7.com/
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