“O MAL DO SÉCULO É A SOLIDÃO”
A ordem é
viver de forma superficial, mantendo as relações levianas, de modo que possam
ser desfeitas sem feridas e estigmas. É necessário ser despretensioso, pois
nada do que é colocado em jogo se destina a permanecer, já que o “novo” está
sempre presente. No entanto, o novo tende a ficar velho cada vez mais depressa
e ser facilmente substituído.
A
fragilidade da vida tornou-se algo socialmente aceitável, pois é tolice
imaginar que os relacionamentos continuarão a desempenhar suas tarefas para
sempre e que a satisfação será eterna. São tempos difíceis. A nossa imaginação
é facilmente cortada pela dura realidade, que insiste em ser rápida.
Surpreendentemente atingimos a marca de 7 bilhões de habitantes no mundo, mas
uma frase dita há alguns anos ainda ecoa de forma veemente: “o mal do século é
a solidão”. Nosso planeta está cheio, parece ser utópico imaginar que a solidão
possa ser um mal, mas a vida se tornou uma sucessão de experiências momentâneas
e consumistas. Ora somos consumidores, ora mercadorias.
Nada é
necessário de fato, nada é insubstituível. Nenhuma escolha é irrevogável.
Vivemos mergulhados em nossa própria arrogância, com sentimentos de vazio e
solidão. Somos treinados para buscar e esperar soluções simples, e geralmente
encontramos, mas ao fim de tudo, voltamos sozinhos para casa. Vivemos em uma
época em que o espetáculo reina em toda parte, onde o dinheiro e o glamour por
coisas consumíveis são mais importantes do que qualquer tipo de afeição. Enfim,
os planos e os sonhos são facilmente roubados pelo tempo e o que resta são
apenas promessas, velhas promessas.
Por: #@Kbym
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