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Diagnosticado com câncer na laringe, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa na segunda-feira, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, tratamento que combina quimioterapia e radioterapia. O tumor maligno, com diâmetro de 2cm a 3cm, foi localizado na parte superior da glote, perto das cordas vocais. O tratamento deve ser em três etapas, a cada 20 dias.
Lula deixou o Sírio-Libanês por volta das 20h (horário de Brasília) e a princípio não precisará voltar para internação, mas deve receber, na segunda-feira, um cateter para administrar o remédio. Lula chegou a usar máscara de oxigênio, segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda), que o visitou:
- Falei com os médicos e a informação é que o câncer foi pego bem no início, não há metástase e as perspectivas são boas.
Segundo a assessoria do Sírio-Libanês, Lula pediu que fosse feito boletim oficial tão logo soube da doença, mesmos passos do ex-vice-presidente José Alencar, que, vítima de câncer, tornou pública a doença imediatamente. Com isso, Lula não avisou nem os assessores próximos e amigos antes de a doença se tornar pública. Durante a internação, ficou a maior parte do tempo apenas com a mulher, Marisa Letícia.
Segundo o diretor de Oncologia do Sírio, o médico Paulo Hoff, Lula poderá receber o tratamento mesmo em casa. Mas a previsão é que comece com os remédios no hospital. Médicos do ex-presidente e especialistas ouvidos pelo GLOBO explicaram que esse tipo de câncer é causado, na maioria dos casos, pelo fumo. No ano passado, segundo sua assessoria, Lula parou de fumar. Ele teria tomado a decisão após sofrer alterações de pressão e uma crise hipertensiva enquanto ainda era presidente.
O GLOBO apurou que, no caso de Lula, a cirurgia foi descartada, que os médicos estão otimistas e que o câncer tem grande chance de cura sem outra intervenção. Segundo os médicos, o tumor não tem metástase.(Não são múltiplos).
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