CONHECENDO O HIPOTIREOIDISMO
VOCE SABE DO QUE SE TRATA...
O QUE É?
Conjunto de sinais e sintomas decorrentes da diminuição dos hormônios da tireóide.
COMO SE DESENVOLVE?
É um quadro clínico que ocorre pela falta dos hormônios da tireóide em decorrência de diversas doenças da tireóide.
No recém-nascido, as causas mais freqüentes envolvem:
a falta de formação da glândula tireóide (defeitos embrionários) | |
defeitos hereditários das enzimas que sintetizam os hormônios | |
doenças e medicamentos utilizados pela mãe que interferem no funcionamento da glândula da filho |
Em adultos, a doença pode ser provocada por:
doença auto-imune (tireoidite de Hashimoto) | |
após cirurgia de retirada da tireóide por bócio nodular ou neoplasia | |
por medicamentos que interferem na síntese e liberação dos hormônios da tireóide (amiodarona, lítio, iodo) | |
(mais raramente) por bócio endêmico decorrente de deficiência de iodo na alimentação |
O QUE SE SENTE?
No recém-nascido, ocorre:
choro rouco | |
hérnia umbelical | |
constipação | |
apatia | |
diminuição de reflexos | |
pele seca | |
dificuldade de desenvolvimento |
Se o paciente não receber tratamento adequado até a quarta semana de vida, pode ocorrer retardo mental severo, surdez, e retardo no desenvolvimento de peso e altura.
Na criança, a doença pode provocar déficit de crescimento associado à:
pele seca | |
sonolência | |
déficit de atenção | |
constipação | |
intolerância ao frio | |
apatia |
intolerância ao frio | |
sonolência, constipação | |
inchumes nas extremidades e nas pálpebras | |
diminuição de apetite | |
pequeno ganho de peso | |
fraqueza muscular | |
raciocínio lento | |
depressão | |
cabelos secos, quebradiços e de crescimento lento | |
unhas secas, quebradiças e de crescimento lento | |
queda das pálpebras | |
queda de cabelos |
A doença predomina no sexo feminino, no qual ocorre também irregularidade menstrual, incluindo a cessação das menstruações (amenorréia), infertilidade e galactorréia (aparecimento de leite nas mamas fora do período de gestação e puerpério).
Quando a doença tem causa auto-imune (tireoidite de Hashimoto) pode ocorrer vitiligo e associação com outras moléstias auto-imunes:
endócrinas (diabetes mellitus, insuficiência adrenal, hipoparatireoidismo) | |
sistêmicas (candidíase, hepatite auto-imune) |
COMO O MÉDICO FAZ O DIAGNÓSTICO?
No recém-nascido, deve ser realizada a triagem neonatal através da dosagem de T4 ou TSH em papel filtro. Se essas dosagens forem alteradas, o exame deve ser confirmado com os mesmos procedimentos no sangue e, se alterados, iniciar de imediato o tratamento.
No adulto, o diagnóstico é estabelecido pelas dosagens de T4 e TSH, e se os mesmos estiverem alterados (T4 baixo e TSH elevado), deve ser buscada a causa do problema através da pesquisa de anticorpos antitireoperoxidase (anti-TPO), antimicrossomais ou antitireoglobulina, que demonstrarão a causa auto-imune do distúrbio. Em pacientes com cirurgia prévia, além dos anticorpos, pode ser realizada também a pesquisa do resíduo de tecido tireóideo remanescente através da ultra-sonografia ou da cintilografia de tireóide. Deve ser também analisado o perfil lipídico do paciente, uma vez que ocorre severa dislipidemia associada ao estado de hipotireoidismo.
COMO SE TRATA?
O tratamento de todas as formas de hipotireoidismo é realizado com Tiroxina (T4) em doses calculadas de 1,6 a 2,2 microgramas por Kg de peso corporal no adulto e de 3 a 15 microgramas por kg de peso corporal, dependendo da idade do paciente. O controle do tratamento é realizado pela dosagem de TSH, que deve se manter sempre normal. Nos pacientes dislipidêmicos devem ser monitorizados também os níveis de colesterol e triglicerídeos.
COMO SE PREVINE?
Os casos que ocorrem após a cirurgia de retirada da tireóide por bócio nodular ou neoplasia podem ser prevenidos através de cirurgia adequada no momento em que a mesma é indicada para o tratamento de bócio. Nas demais situações pode ser realizado um diagnóstico precoce, porém prevenção primária não é disponível.
Por: Blog do Kbym 2011 e ABC da Saúde.
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