terça-feira, 20 de abril de 2010

INOVAÇÃO, EIS A QUESTÃO:

OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO

'SABER FAZER DIFERENTE, EIS A QUESTÃO'

Muito poderia ser feito para que não acontecesse os 'acidentes' escolares com as crianças em idade escolar que não dispõe de alternativas sadias de lazer nas escolas do município de Tarauacá e acontece o que não queríamos. Semana passada uma aluna da escola X brincava com outra criança quando a mesma empurrou a outra que caiu e bateu o quadril no chão. Alguns dias se passaram e a aluna sentia muitas dores e ao se consultar, foi detectado que a mesma estava com uma lesão na bacia. Os médicos orientaram para que a paciente viajasse o mais rápido possível para Rio Branco.



Projeto Recreio Dirigido





Responsáveis pelo projeto:


Professores e coordenadores.


Público Alvo:

Alunos das séries finais do Ensino Fundamental.

Justificativa

As crianças das séries finais do ensino Fundamental precisam de um acompanhamento em todos os momentos de sua permanência na unidade escolar a fim de evitar transtornos que venham comprometer a sua integridade física e psicológica.

No horário do “Recreio” as crianças costumam extravasar sua energia através de brincadeiras. Apesar de toda atenção conferida a eles é nesse momento que os acidentes acontecem.

Percebendo que a maioria de nossos alunos pertencem a ONG Instituto Homem Pantaneiro e em decorrência disso são acompanhados em sua vida escolar pelo Moinho Cultural através de visitas anuais às escolas com solicitação de frequência escolar, notas e histórico de comportamento, onde seu único objetivo que é a formação integral do aluno, a Equipe Pedagógica e o Corpo docente desta unidade escolar, optou por adotar o Recreio Dirigido em parceria com a ONG Instituto Homem Pantaneiro que consiste em monitorar esse momento de intervalo com atividades lúdicas que venham a prevenir acidentes e/ou desentendimentos entre os educando e formação integral do aluno.


Desenvolvimento


Essas atividades acontecerão todos os dias da semana durante os 15 minutos de intervalo (recreio), coordenado pelos professores que estarão de hora atividade nesse dia da semana. Os mesmos irão interagir com os alunos com atividades lúdicas que atuarão na parte psicomotora, auxiliando assim o seu desenvolvimento intelectual.

Cabe a coordenação pedagógica coordenar os trabalhos dos professores junto aos alunos na hora do recreio dirigido.

Serão desenvolvidas pequenas oficinas ou “Ilhas culturais” para confeccionar ou desenvolver as atividades, tais como:


· Jogos de mesa – dama, dominó e botão

· Dança – Hip hop;

· Confecção de bonecos - bexiga e trigo;

· Colares de revistas (cola branca, tesoura, revistas, régua, miçanga e palito de churrasco sem ponta);

· Pipa (taquara, cola branca, papel de seda e linha);

· Criação com argila;

· Criação com massa caseira (trigo, sal e tinta guache);

· Bonecos de jornal;

· Dobraduras;

· Brinquedos com garrafa Pet;

· Dança improvisação;

· Criação/percussão corporal (parlenda);

· Boliche (garrafa pet);

· Bonecos com fuxico (linha, retalho, miçangas e agulhas);

· Flores de fuxico (retalhos de pano, linha, guache, tesoura, presilha e cola quente);

· Futebol;

· Ping pong;

· Pintura (cola colorida e tinta guache);

· Dança contemporânea.


Recursos Materiais


Apesar de os recursos materiais variarem nas atividades, os utilizados com mais frequência são:

· Aparelho de som;

· Papel;

· Bolas;

· CDs de músicas variadas;

· Computador;

· Data-show.


Avaliação

Como mencionado, esse projeto é uma parceria com a ONG - Instituto Homem Pantaneiro, portanto os alunos estarão sendo avaliados não somente pelo produto de suas atividades, mas também pelo comportamente demostrado nos recreios dirigidos.
O resultado desse projeto será exibido em uma belíssima apresentação ao final do ano letivo. Entretanto é importante ressaltarmos que o objetivo principal do projeto não é somente avaliar a fim de dar uma nota, mas sim com o intuito de promover o desenvolvimento escolar e a interação social de nossos alunos.



OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO

A educação não serve, apenas, para fornecer pessoas qualificadas ao mundo da economia: não se destina ao ser humano enquanto agente econômico, mas enquanto fim último do desenvolvimento. Desenvolver os talento e as aptidões de cada um correspondente, ao mesmo tempo, á missão fundamentalmente humanista da educação, á exigência de equidade que deve orientar qualquer politica educativa e as verdadeiras necessidades de um desenvolvimento endógeno, respeitador do meio ambiente humano e natural, e da diversidade de tradições e de culturas. E mais especialmente, se é verdade que a formação permanente é uma idéia essencial dos nossos dias, é preciso inscrevê-la, para além de uma simples adaptação ao emprego, na concepção mais ampla de uma educação ao longo de toda a vida, concebida como condição de desenvolvimento harmonioso e contínuo da pessoa. (DELORS. 2001. p 85)

Nessa visão prospectiva, uma resposta puramente quantitativa à necessidade insaciável a educação - uma bagagem escolar cada vez mais pesada - já não é possível nem mesmo adequada. Não basta, de fato, que cada um acumule no começo da vida uma determinada quantidade de conhecimentos de que possa abastecer-se indefinidamente. É, antes, necessário estar à altura de aproveitar e explorar, do começo ao fim da vida, todas as ocasiões de atualizar, aprofundar e enriquecer estes primeiros conhecimentos, e de se adaptar a um mundo de mudanças.

Segundo Delors 2001; Aponta "como principal conseqüência da sociedade do conhecimento a necessidade de uma aprendizagem ao longo de toda vida, fundamentada em quatro pilares, que são, concomitantemente, pilares do conhecimento e da formação continuada.".

É necessário tornar prazeroso o ato de compreender, descobrir, construir e reconstruir o conhecimento para que não seja passageiro, que se mantenha através do tempo, que valorize a curiosidade, a autonomia e a atenção, permanentemente. É preciso também pensar o novo, reconstruir o velho, reinventar o pensar. Precisamos cada vez mais na educação de uma resposta quantitativa a necessidade de aprendizagem.

Uma bagagem escolar cada vez maior, mas não basta de fato, que cada um acumule no começo da vida uma quantidade de conhecimentos de que possa abster-se indefinidamente. É, antes, necessário estar a altura de aproveitar e explorar, do começo ao fim da vida, ocasião para aprofundar e enriquecer seus conhecimentos e adaptar-se a um mundo de mudanças. Para poder dar resposta ao conjunto das suas missões, a educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda vida, serão para o indivíduo, os pilares do conhecimento:

Aprender a Fazer

Diante da rapidez que as evoluções estão ocorrendo em nosso mundo moderno, logo o aluno se perguntará: Porque aprendi tudo isso? Para mais nada me serve, porque já está desatualizado. A comissão demonstrou essa preocupação ao citar:

Embora o Aprender Ser e Aprender a Fazer são indissociáveis, queremos destacar que o Aprender a Fazer está mais relacionado a questão da formação profissional. A questão que precisa ser respondida pelo professor é: Como ensinar ao aluno a pôr em prática os seus conhecimentos e, também, como adaptar a educação ao trabalho futuro quando não se pode prever qual será a sua evolução? (DELORS, 2001)

Devemos destacar que o Aprender a Fazer não pode, pois, continuar a ter significado simples de preparar alguém para uma tarefa material bem determinada, para fazê-lo participar do fabrico de alguma coisa.

Aprender a Conhecer

O conhecimento não vem de fora, é um processo de construção e reconstrução interior. Não está nos livros, nos computadores, mas nas mentes das pessoas. A verdadeira aprendizagem é a construção ativa de conhecimentos realizada pelo sujeito que aprende. Não há aprendizagem sem que o aprendiz seja o sujeito ativo do processo, e a aprendizagem será tanto maior e melhor quanto mais ativo ele for.

Aprender a conhecer, isto é adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; finalmente aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes. (DELORS 2001, p. 89-101).

Aprender a Viver Juntos, Aprender a Viver Com os Outros

Fazparte da educação, aprender a lidar com pessoas diferentes, tratar de assuntos relevantes, não falar mal dos outros, não usar a força para resolver conflitos, demonstrar gentileza e sinceridade no tratamento com os colegas e professores. É justamente na escola que os alunos aprendem as regras básicas de convivência em sociedade. O que cada professor precisa fazer é abrir espaço a fim de que eles aprendam a conviver, se conheçam e se respeitem. Para que todos possam viver juntos e aprender a viver com os outros, a educação tem um papel importantíssimo, e um grande desafio, já que a opinião pública toma conhecimento através dos meios de comunicação e nada pode fazer.

Aprender a Ser

Se o aluno não estiver preparado para compreender que a educação deve em princípio mudar a sua vida, o seu caráter, para depois servir aos outros, então ela falhou. Ela será apenas um instrumento do egoísmo para dominar aos outros.. Educação deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa, espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade. Todos os seres humanos devem ser preparados pela educação que recebem para agir nas diferentes circunstâncias da vida. Só que para isso cada um deverá ter pensamentos autônomos e críticos, personalidade própria. Portanto a educação deve preparar as crianças e os jovens para possíveis descobertas e de experimentação.

Por Flávio Santos 2010-Google.com



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