quinta-feira, 15 de abril de 2010

ESSE É O MEU AMIGO DE VERDADE:R.M.S

ESSE RAIMUNDO MELEIRO-GAMILEIRA

MEU AMIGO DE VERDADE



Caros colegas eu peço,

De vocês a atenção

Para ouvir esses versos

Sendo a segunda versão

Do folheto do Meleiro

Nosso grande garanhão.

Ele é bom de mulher

Ninguém pode duvidar

Papa tudo e pega todas

Não adianta reclamar

Dentro do Bahamas Cowtry

Não deixa nada escapar.

Cada uma mais bonita

Não fique você com mágoa

A beleza das beldades

É tristeza que deságua

Aleijada e curubenta

Que da nó em pingo d’água.

Ele pegou uma mulher

Essa era meio louca

Levou para sua casa

Achando que ela era broca

Tinha uma perna de pau

Guardaram no guarda-roupa.

Essa aleijada era

Tarada que só o cão

Pegou esse Gamileira

Parecia um furacão

Deu-lhe uma pisa de cama

Esfregou-lhe pelo chão

O Meleiro viu as gatas

Com essa perna cotó

Ela rodava na cocha

Parecia um cão bicó

Não tinha quem dissesse

Que ela tinha uma perna só.

Outro dia ele agarrou

Uma feia que doía

Ela tinha um olho cego

A cara dava agonia

E pra completar as coisas

Estava com disenteria.

Levou ela para casa

E foi grande a confusão,

Deu logo uma dor de barriga,

Causou-lhe uma convulsão

Defecou a casa toda

Não dava pra ver o chão.

O Meleiro viu aquilo

Disse agora estou ferrado,

Minha casa está fedendo

Vai da um trabalho danado

Mas antes eu tivesse trazida

O danado do veado.

O Meleiro depois dessa

Disse eu vou melhorar

Não ando, mas nesse clube

Vou caçar em outro lugar

Vou para o forró dos velhos

Melhor de Tarauacá.

Logo na primeira noite

Ele começou dançando,

Puxou pra perto uma velha

E saiu se requebrando

Com a cabeça no ombro

Ela estava cochilando.

A velha disse Meleiro

Não posso mais suportar

Essa paixão por você

Não da para agüentar,

Me leve pra sua casa

Para nós dois namorar!

Foram parar em um quarto

E foi grande a confusão

A velha tirou a roupa

Os peitos bateram no chão

A velha disse Meleiro

É grande a excitação.

O Meleiro mergulhou

Por debaixo da pelanca

Era grande a peitaria

Ele quase que arranca

A velha gemia muito

Deitados em uma banca.

A banca quebrou as pernas

Eles caíram no chão

A velha por cima dele

Gritava feito um dragão

Dizia para o Meleiro

Você é meu garanhão.


Ele pegou seus dois peitos

E de pressa deu um nó

E disse venha pra cá,

Que eu não quero ficar só

Ponha a chapa na estante

Minha querida vovó.

Outra noite ele pegou

Uma coroa animada,

Mas logo ele percebeu

Que a danada estava grávida

Mas um cabra como ele

Não é de injetar nada.

Levou ela para o motel

E fez logo ela saber

Que o cúmulo da pontaria,

É difícil de fazer

É comer uma mulher grávida

Acertar o cú do bebe.

O Meleiro disse agora

Só me resta procurar,

Um terreiro de macumba

Para se desenrascar

Melhorar um pouco as coisas

Nesse amado lugar.

Chegando ao terreiro

O Pai de Santo disse assim:

-Sua situação é preta

Sente-se bem longe de mim,

Pois eu acho que isso pega

Não quero isso pra mim.

04

Benzeu ele bem de longe,

Para caninga acabar

Disse você se acalme

Que é difícil de curar

Só existe uma maneira!

Para você escapar.

O remédio pra você

Tem efeito colateral

Você vai ficar broxa

Não usa mais o bilal

Mas garanto sua cura

Desse horroroso mal.

Meleiro disse: - Paim

Você deixe no que tá

É melhor pegar as feias,

Do que pra nada prestar

O que eu tenho de valioso

O senhor quer me tirar.

Aqui termino esses versos,

Perdoe-me a brincadeira

Mas é uma homenagem

Ao Raimundo Gamileira

O garanhão das mulheres

Das feias as parideiras.

Autor: Carlos Gomes de Sousa-Todos os direitos reservados à Carlos Gomes e Raimundo Meleiro 2010.


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